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Tradicional torneio de Wimbledon anuncia revolução tecnológica na arbitragem

Organização do torneio anunciou que nova tecnologia para avaliar bolas fora e faltas passa a valer na temporada de 2025

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 out 2024, 11h48 - Publicado em 10 out 2024, 11h30
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  • WIMBLEDON - ENGLAND - JUNE 18: An aerial view of Wimbledon's Centre and Number one courts as the ground prepares for this years tournament, June 18, 2024 in London, United Kingdom. (Photograph By Chris Gorma/Getty Images)
    TRADIÇÃO Vista aérea da quadra central do torneio de Wimbledon: revolução nos costumes -  (Chris Gorma/Getty Images)

    A tecnologia chegou ao tênis profissional, na forma da tendência mais quente do setor neste momento, a inteligência artificial. Curiosamente, chega em um dos torneios mais tradicionais do Grand Slam, Wimbledon. O organização anunciou nesta semana que vai aposentar os juízes de linha — aqueles na beirada das quadras que berram “out” (fora) ou “foult” (falta) para indicar se a jogada foi válida ou não. Após testes, esses árbitros serão substituídos por um sistema virtual chamado Live Electronic Line Calling (Live ELC).

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    Considerado um dos torneios com regras rígidas, como o uso de roupas brancas em seus jogos, Wimbledon quebra a tradição. O Live ELC será adotado pela primeira vez no campeonato regular a partir de 2025. A tecnologia de arbitragem estará em vigor na qualificação e no torneio em si, e cobrirá as chamadas de “fora” e “falta”, feitas anteriormente pelos árbitros de linha. A decisão de adotar o Live ELC foi tomada após a conclusão de testes durante a temporada deste ano e se baseia na tecnologia existente de rastreamento de bola e chamada de linha que está em vigor há muitos anos.

    Justificativa

    “A decisão de introduzir o Live Electronic Line Calling no The Championships foi tomada após um período significativo de consideração e consulta”, comentou Sally Bolton, diretora executiva do All England Club, clube responsável pela realização do torneio de Wimbledon. “Consideramos que a tecnologia é suficientemente robusta e que é o momento certo para dar este passo importante em busca da máxima precisão em nossa arbitragem. Para os jogadores, isso oferecerá as mesmas condições em que eles jogaram em vários outros eventos do tour.

    LONDON, ENGLAND - JULY 5: Line judges on Court No.1 during day five of The Championships Wimbledon 2024 at All England Lawn Tennis and Croquet Club on July 5, 2024 in London, England. (Photo by Rob Newell - CameraSport/CameraSport via Getty Images)
    REVOLUÇÃO Juízes de linha em ação nas quadras do All England Club: substituição por tecnologia digital – (CameraSport/Getty Images)

    A medida só não foi tomada antes, de acordo com especialistas, por encontrar resistência dentro da própria organização do torneio. “Levamos muito a sério nossa responsabilidade de equilibrar tradição e inovação em Wimbledon”, disse Bolton, em comunicado que abordou de forma diplomática a questão. “Os árbitros de linha têm desempenhado um papel central em nossa configuração de arbitragem no The Championships por muitas décadas e reconhecemos sua valiosa contribuição e agradecemos a eles por seu comprometimento e serviço.”

    Histórico

    O avanço desta tecnologia no tênis já vinha sendo observada há alguns anos, a começar por 2017, quando um sistema automatizado foi testado pela primeira vez nas Finais do ATP em Milão, eliminando os juízes de linha. Alguns anos depois, durante a pandemia da Covid-19, em meados de 2020, os torneios de US Open tiveram os árbitros substituídos por um sistema automático, justamente para manter os cuidados relativos ao distanciamento social da época. “Em esportes onde não existe um espaço interpretativo, como é o caso do futebol, a tecnologia pode assumir o protagonismo”, analisa Renato Monteiro, Head de Experiência e Mercado da Keeggo consultoria de tecnologia.

    No caso de Wimbledon, o Live ELC pode trazer uma maior precisão para a definição de lances em que os atletas podem levantar dúvidas sobre a posição da bola na quadra, se pegou ou não na linha. “Lances como quando a bola pega na rede ainda dependeriam da análise do árbitro central”, continua Monteiro. “Em breve, vejo sensores nas redes substituindo esse monitoramento, o que deixaria a cargo do árbitro central, mais a condução das condutas dos atletas e intervenções junto ao público.” O futuro não para.

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