A Olimpíada do Rio de Janeiro teve início nesta quarta-feira, ainda sem muito brilho e com alguns problemas. As disputas de futebol feminino tiveram início antes da cerimônia de abertura, marcada para sexta-feira, no Maracanã. O cenário estava pintado nas cores da bandeira do Brasil: o verde do gramado e do uniforme da África do Sul, o amarelo no figurino da Suécia, um enorme azul nas arquibancadas vazias e na reformada pista de atletismo do Estádio Olímpico Nilton Santos, o Engenhão. O jogo e a organização não foram dos melhores: a Suécia superou as sul-africanas por 1 a 0 e os poucos torcedores tiveram problemas para entrar no estádio.
Quando o jogo começou, nem um décimo do estádio, que teve sua capacidade ampliada para 60.000 lugares, parecia ocupado. Torcedores tiveram problemas na autenticação de ingressos e entraram com atraso. Alguns funcionários da Rio-2016 também estavam mal informados e chegaram a irritar jornalistas, especialmente os estrangeiros, ao repassar informações erradas sobre as instalações.
Quando a bola rolou, os raros torcedores (quase todos vestindo amarelo, a cor comum entre Brasil, Suécia e África do Sul) claramente não conheciam nenhuma das 22 atletas em campo. O único rosto relativamente conhecido era o da treinadora sueca, Pia Sundhage, bicampeã olímpica no comando da seleção dos Estados Unidos, em Pequim-2008 e Londres-2012. Apesar disso, os fãs até tentaram participar do espetáculo. Gritos histéricos acompanhavam cada drible ou jogada de efeito das atletas, mas sem que nenhuma das equipes conquistasse a preferência das arquibancadas.
Na segunda etapa, o público aumentou e ao menos foi brindado com a primeira celebração dos Jogos. Aos 29 minutos, a goleira Roxanne Barker saiu mal do gol e, após rebatida, e a zagueira Nilla Fischer completou para as redes. O jogo terminou com celebração tímida das suecas e aplausos da torcida.