Ao ouvir a torcida distribuir xingamentos a todos que estiveram em campo durante a derrota para a Portuguesa, no sábado, no Canindé, jogadores como Cortez, Casemiro e Lucas, por exemplo, sentiram a pressão. Na reapresentação desta terça-feira, começará um trabalho para acalmar os atletas com o objetivo de fazê-los render. Uma das medidas será dialogar com Rhodolfo, um dos líderes do elenco.
‘É difícil. Vou conversar, dar apoio. O time tem que estar unido nesta hora para revertermos isso juntos. Precisamos saber lidar com a pressão, que vai ser grande’, previu o zagueiro, que se esforçou e cobrou os colegas já durante o 1 a 0 a favor da Lusa.
Até como alternativa aos insultos, o camisa 4 procura compreender a reação dos torcedores depois da eliminação nas semifinais da Copa do Brasil para o Coritiba. A derrota na última quinta-feira, no Paraná, aumentou as sequelas do tropeço diante do Santos, no Morumbi, na semifinal do Paulista, em 29 de abril.’Em certo ponto, eles estão certos. Nem nós esperávamos a eliminação, deixamos a desejar e levamos dois gols. E não é de um dia para o outro que vamos recuperar a confiança da torcida. É aos poucos’, ensinou Rhodolfo, capitão da equipe quando Rogério Ceni ou Luis Fabiano não estão à disposição.
Cícero, outro experiente jogador do grupo, cobra também atitude, já que nenhum argumento será valorizado neste momento. ‘Ninguém entende nosso cansaço pela viagem para Curitiba. Tentamos nos superar contra a Portuguesa, mas tomamos um gol. Agora, tem que ser homem para seguir em frente’, indicou o meio-campista.
O sonho é de que, após as folgas de domingo e segunda-feira, sejam iniciados dias de trabalho em paz no CT da Barra Funda até sábado, quando o time visita o Cruzeiro pelo Brasileiro. ‘Vamos procurar ter calma, uma semana tranquila’, disse Denilson, que pode fazer neste fim de semana seu último jogo pelo clube caso seu empréstimo não seja prorrogado.