O italiano Carlo Ancelotti está realmente na mira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e parece não haver outro nome. Para conseguir tirar o estrelado treinador do Real Madrid e trazê-lo para a seleção brasileira, a CBF está usando a paciência como arma. Depois de afirmar que apresentaria o nome do substituto de Tite no fim de maio, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, explicou, em entrevista ao Bein Sports, que poderá estender o prazo até meados de junho. Segundo Rodrigues, a CBF vai aguardar o fim da temporada europeia para fazer qualquer tipo de anúncio. “Temos duas datas Fifa em junho, mas temos finais de competições como o Campeonato Espanhol e no dia 10 de junho a final da Champions League. Temos acompanhado, o radar está ligado para não fazer qualquer abordagem em disputa de competição”, explicou o mandatário da CBF. Até lá, o interino Ramon Menezes segue no comando.
Na Espanha, Ancelotti prepara o time para a semifinal da Champions League, que ocorre nesta quarta-feira, 17, diante do Manchester City. O primeiro jogo, na Espanha, terminou 1 a 1. Depois de vencer a Copa do Rei e ver o arquirrival Barcelona levar o Espanhol, os Merengues colocam suas energias para fechar a temporada com o 15º título do maior torneio europeu. Técnico recordista de Champions, o italiano tem chances de levantar taça pela quinta vez, a terceira com os madrilenhos.
A atmosfera quase perfeita entre Real e Ancelotti não parece desanimar o presidente da CBF. Com mais um ano de contrato na Espanha, o treinador já declarou que pretende cumpri-lo, mas recentemente, ao ser questionado sobre o assunto, disse que seu futuro ainda é desconhecido.
“Eu procuro ser bastante ético. Não tenho como abordar nenhum treinador que tenha contrato com algum clube. Temos procurado ser pacientes e aguardar o tempo certo para fazermos uma conversa, uma reunião. E isso participando também quem preside o clube e tem contrato diretamente. A partir do momento que recebermos a sinalização de que é uma vontade dele também, partiremos para conversar preparados para o que pode ser um sim ou um não. A partir dali vamos ter um plano B”, explicou Rodrigues.