Amigo de Ricardo Teixeira, o técnico Carlos Alberto Parreira considerou que o lado humano do então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prevaleceu. Após ter a renuncia do mandatário anunciada na manhã desta segunda-feira, o comandante do título mundial de 1994 disse: o legado de Teixeira ficará marcado por suas vitórias.
‘O legado dele, por todos estes 23 anos, vai ficar marcado por fatos muito positivos, muitas vitórias e evidentemente por algumas coisas conturbadas também. Com toda essa pressão, pesou o lado humano. Além de ser presidente da CBF, ele é pai de família, é marido, é avô’, afirmou Parreira, em entrevista para o ‘SporTV’.
Para o técnico, pesou para a decisão de sua saída o problema de saúde de Ricardo Teixeira – na última quinta-feira, o ex-presidente já anunciara seu pedido de licença médica, quando teria, interinamente, seu cargo ocupado por José Maria Marin. Com a renuncia divulgada nesta manhã, o vice mais idoso na entidade assume a posição que era de Teixeira desde 1989.
Grato pelo apoio que recebeu de Ricardo Teixeira antes do Mundial de 1994, quando recebia forte pressão, Parreira considera que, pensando na Copa do Mundo de 2014, marcada para acontecer no Brasil, o melhor caminho é dar continuidade ao atual projeto.
‘Para a Copa do Mundo, a estrutura e o projeto, tudo está bem encaminhado. Acho que é preciso dar continuidade. Não podemos parar o que está sendo feito agora. Temos que dar o que foi prometido’, avisou.
Em seu primeiro pronunciamento como presidente, José Maria Marin foi ao encontro do que Parreira colocou. Também autor de elogios a seu antecessor, o atual mandatário disse que irá dar continuidade ao ‘estupendo trabalho’ de Ricardo Teixeira, que, durante o período em que manteve o cargo, teve Parreira como técnico em duas oportunidades.