Pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) passarão a ter a opção de assistir aos jogos em um local especial nos estádios da cidade do Rio de Janeiro. O projeto de lei sancionado nesta terça-feira, 4, pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), dá 180 dias para os clubes promoverem as adequações.
O projeto, aprovado pela câmara dos vereadores em 23 de maio, estabelece que qualquer estádio, ginásio ou arena com capacidade superior a 5 mil pessoas destine às pessoas diagnosticadas com TEA pelo menos 0,5% dos ingressos voltados a pessoas com deficiência.
O local é chamado de sala sensorial e serve para que as pessoas com TEA consigam se ambientar em locais com muitos estímulos sensoriais, como luzes e sons altos. Os locais podem contar com aparatos estratégicos como fones abafadores de sons e brinquedos para as crianças.
O documento ainda define que a capacidade máxima desse ambiente deverá ser de cinquenta pessoas, que o beneficiário poderá ser acompanhado por até três pessoas e que os profissionais que atuarem nesse setor deverão receber treinamento sobre como tratar pessoas com o transtorno.
A ação vem em meio a um movimento de diversos clubes para incluir pessoas com autismo. O Goiás e o Cuiabá, por exemplo, inauguraram camarotes exclusivos adaptados para esse público. No sul, o Estádio do Café e o Juventude tiveram iniciativas semelhantes. Além disso, clubes como o Vasco e o Fluminense desenvolvem iniciativas para receber pessoas com TEA.
“Temos feito ações inclusivas que buscam conscientizar o público acerca do tema, uma vez que enxergamos o futebol como um meio fundamental para difundir o respeito e a empatia com as pessoas portadoras do TEA”, afirma em comunicado Tiago Pinheiro, diretor de marketing do Goiás.
O objetivo da medida é promover a inclusão, garantir acessibilidade, estimular práticas esportivas, fortalecer os vínculos com as comunidades e contribuir com o desenvolvimento de indivíduos diagnosticados com TEA. A autoria é do vereador William Siri (PSOL).