O alemão Jürgen Klinsmann, ex-jogador e ex-técnico da seleção alemã, aproveitou sua passagem pelo Footecon, maior fórum de futebol das Américas, para trocar informações com Mano Menezes e pedir apoio da torcida ao comandante da Seleção Brasileira.
‘Ele precisa de todo o apoio popular, tem que sentir que estão ao lado dele. Sei que os brasileiros querem ganhar tudo sempre, mas essa é a hora correta para fazer testes’, discursou Klinsmann, atual da técnico dos Estados Unidos, que foi convidado por Carlos Alberto Parreira, organizador do evento.
O ex-atacante lembrou os dois anos em que comandou a preparação da Alemanha para a Copa do Mundo em casa, em 2006. Na época, ele deixou a escolha do esquema tático a cargo dos jogadores e, depois de tirar o grupo do país, o levou para um hotel no centro de Berlim para que o apoio do público pudesse ser sentido.
Com vídeos, Klinsmann mostrou os bastidores na Copa, o enorme apoio popular e a festa de confraternização no Portão de Brandemburgo, em Berlim, que reuniu mais de 750 mil pessoas – mesmo com a eliminação da Alemanha na semifinal.
‘Nós não conquistamos a Copa, conquistamos o povo alemão e ganhamos o mundo’, afirmou. ‘Mais do que ganhar o torneio, o importante era passar uma imagem positiva para o mundo. Nossa história é muito sombria por causa das duas Guerras Mundiais. As pessoas ficavam constrangidas de usar as bandeiras alemãs e isso mudou com a Copa’, disse.
Mano Menezes, que almoçou com Klinsmann após a palestra, comparou a experiência alemã com a brasileira. ‘Foi muito interessante saber o que eles fizeram por lá. Vi que eles tinham uma linha clara, com propósitos firmes e um grupo definido com boa antecedência’.
O treinador brasileiro, porém, afirmou que a pressão por resultados que sofre é muito maior. ‘Nossa realidade é mais dura, embora o Klinsmann também tenha passado por momentos complicados, recebendo críticas até do Beckenbauer, que era presidente do Comitê Organizador Local’.