A poucas horas da cerimônia de encerramento da Olimpíada de Paris, neste domingo, 11, o Comitê Olímpico do Brasil fez um balanço da participação brasileira na competição, classificada pela entidade como um “sucesso” tanto no mérito esportivo quanto no plano de comunicação e crescimento.
A delegação volta para casa com sua segunda melhor campanha da história em número de medalhas, atrás de Tóquio, quando foram conquistadas 21, com sete de ouro. Neste ano, foram 20 pódios: 3 ouros, 7 pratas e 10 bronzes.
“Conseguimos quebrar recordes, principalmente quanto ao esporte feminino. Isso nos deixa bastante satisfeitos. Com a apresentação dos nossos atletas, inspiramos a sociedade. Todos que acompanharam as competições se sentiram inspirados. Mesmo aqueles que não conseguiram conquistar uma medalha, tiveram seus melhores desempenhos, também inspiraram nossos torcedores e a população brasileira”, disse Rogério Sampaio, chefe da Missão Paris 2024 e diretor-geral do COB.
A participação brasileira fica marcada também por um desempenho histórico das mulheres, que foram a maioria na delegação brasileira pela primeira vez. Os três ouros conquistados vieram de mulheres: Rebeca Andrade, na ginástica; Bia Souza, no judô; e Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia. Além disso, 13 das 20 medalhas vieram de mulheres, quando contado o bronze conquistado no judô por equipes.
“Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte, também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo” comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB.
O comitê também destacou a boa campanha nas redes sociais, que teve engajamento recorde, chegando a três milhões de seguidores no Instagram, o que representa o comitê olímpico mais seguido na plataforma.
“O trabalho de comunicação foi muito importante, conseguimos superar os Estados Unidos como o Comitê mais seguido no Instagram. O tamanho das nossas redes atrai público, atrai novos patrocinadores e investimento. A imagem é muito importante para o movimento olímpico do Brasil. A Bia Souza, por exemplo, saiu de 10 mil seguidores para quase 3 milhões. As meninas da ginástica artística viraram ídolos nacionais. Medina teve uma das fotos mais vistas da história dos Jogos Olímpicos. É uma demonstração de que não só o resultado esportivo foi bem sucedido, mas o brasileiro se engajou e consumiu o esporte olímpico”, finalizou Paulo Conde, diretor de comunicação do COB.