Flamengo “agressivo” parou na retranca do Fluminense
Em clássico intenso, Rubro-negro dominou mas não consegue marcar; Tricolor saiu de campo reclamando da arbitragem
É verdade que faltou gol. Mas o primeiro Fla x Flu da história da Copa do Brasil ficou longe da monotonia. O 0 a 0 aumentou muito a expectativa para a segunda partida das oitavas de final, marcada para o 1º de junho, também no Maracanã. Em um clássico movimentado na noite da última terça-feira (16), o que despontou em campo foi um Flamengo mais intenso na marcação e um Fluminense, acostumado a jogar no ataque, resistente no setor defensivo.
No fim da partida, o elenco tricolor, incluindo o técnico Fernando Diniz, reclamou muito da arbitragem de Anderson Daronco. No total, foram 22 faltas dor-negro contra cinco do Flu, que teve o volante Felipe Melo expulso no início do segundo tempo.
“Espero que a próxima arbitragem seja imparcial, porque ela não foi imparcial de novo. O Fluminense foi campeão do Carioca apesar da arbitragem e hoje a gente conseguiu o 0 a 0 apesar da arbitragem de novo. É muito mais fácil e menos interpretativo o VAR chamar por causa do pisão do Gabigol no Ganso, que foi intencional. Pisou porque quis pisar. Aí não chama”, criticou o técnico do Flu. “Somado a isso, toda vez que a gente saia da marcação, era falta. A arbitragem foi permissiva com as faltas”.
Pelo lado do Flamengo, Léo Pereira não negou que a equipe foi instruída pelo treinador Jorge Sampaoli para matar as jogadas do adversário. “Sou zagueiro, vou para tirar a bola. Se não tiro a bola, tenho que fazer a falta, o cara não pode passar por mim. É isso que tenho na cabeça. Hoje a gente foi bem definido que a gente tinha que roubar a bola e, se não roubasse, a gente tentava fazer a falta ali”, explicou.
Além das polêmicas envolvendo as jogadas mais duras e a arbitragem, o que se viu no confronto foi uma evolução tática do Flamengo, sob o recente comando de Sampaoli. Marcando sob pressão, o Rubro-negro esteve organizado na criação e criou boas chances para vencer a partida. Com um a menos em boa parte do jogo, restou ao Fluminense se fechar na defesa. Mesmo assim, respeitando o “dinizismo“, manteve a bola nos pés e buscou os contra-ataques. Tudo aberto para mais um Fla x Flu decisivo neste ano.