FIA estende contrato com Fórmula E: modalidade cresce 20% ao ano com carro que supera modelo da F1
Corrida de elétricos começou em 2014 e segue como a única até 2048 sob regulação do órgão máximo do automobilismo mundial

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta sexta, 25, uma extensão do contrato com a Fórmula E. O acordo de 10 anos mantém o principal órgão regulador do automobilismo à frente da modalidade de corrida com carros elétricos, controlada pela Liberty Global que cresce 20% ao ano desde sua criação em 2014.
Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, comentou: “A extensão do contrato para o Campeonato Mundial ABB FIA de Fórmula E é um resultado fantástico para o esporte e um reflexo claro da nossa estratégia contínua na FIA de fortalecer parcerias comerciais e impulsionar o valor a longo prazo em todas as facetas do automobilismo.”
A Fórmula E quer desenvolver veículos ainda mais velozes alinhados com a expansão do mercado global dos elétricos, que prevê um aumento de 40% nas vendas até 2030. O carro da modalidade, GEN3 Evo foi lançado no início do ano e supera, inclusive, um competidor de F1. O modelo inédito vai de 0 a 100 km/h em 1,86 segundos, 30% mais rápido que um carro da Fórmula 1.
A sustentabilidade é fator de prestígio da modalidade em um mundo que sofre cada vez mais com as mudanças climáticas e o aquecimento global. “A Fórmula E não só demonstrou um crescimento impressionante desde a sua criação, como também liderou o caminho da inovação sustentável em nosso setor”, afirmou o diretor comercial da FIA, Craig Edmondson. No mesmo sentido, a principal categoria de automobilismo do mundo também se esforça para manter o ritmo menos poluente: a partir de 2026, a Fórmula 1 usará apenas combustíveis 100% sustentáveis e até 2030 se compromete em atingir a neutralidade carbônica.
“Acreditamos na Fórmula E desde o primeiro dia, e esta extensão reafirma nossa confiança no rumo que ela está tomando. Este é o esporte motorizado do futuro, um campeonato que combina a tecnologia mais recente, corridas acirradas e uma missão que realmente importa”, diz Mike Fries, CEO da Liberty Global, empresa que controla a modalidade.
A Fórmula E conta com um Campeonato Mundial em pistas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, no sambódromo do Anhembi, em São Paulo, com 22 pilotos de 11 equipes. A temporada 2024/25 termina neste final de semana com a etapa 16 no domingo, 27, em Londres.