Um grande clássico do vôlei brasileiro encerra o primeiro turno da Superliga feminina. Neste sábado, às 10h, Sollys/Nestlé e Unilever decidem, no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), quem fecha a primeira metade do campeonato na ponta da tabela. A rivalidade pode ser explicada pelo fato de que as duas equipes duelaram nas finais dos últimos sete anos da Superliga, com cinco triunfos para o time do técnico Bernardinho.
A equipe do Rio de Janeiro é a atual líder, com 27 pontos, e para o time de Osasco, que tem 25, ultrapassar seu rival é necessário uma vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1. Jaqueline, ponteira e capitã da equipe paulista, prefere encarar o jogo como qualquer outro.
‘É um clássico, são as equipes que fizeram a final do ano passado, mas o nosso grupo está bem modificado e buscando a vitória em cada jogo, independente, se o concorrente é considerado fraco ou forte’, disse Jaqueline. ‘Então, cada jogadora está trabalhando e querendo que a equipe assuma a liderança do campeonato. Treinamos muito bem durante esses dias e temos de colocar em prática nesta partida.’
Sheilla, oposto do Unilever, não acredita em uma pressão a mais por causa da importância da partida. ‘Temos que tentar neutralizar o ataque delas com um bom saque, já que, se a bola não chegar na mão da levantadora, sempre fica mais fácil para fazer a marcação. Mas, para os dois times, é difícil escolher uma atacante para tentar priorizar na marcação porque são muitas jogadoras boas’, contou Sheilla. ‘Vamos jogar um clássico, onde as equipes se conhecem bem, vamos enfrentar um ginásio lotado e a disputa pela liderança também vai estar em jogo. Tudo isso nos motiva ainda mais’, ressaltou a jogadora do time carioca.
Ambas as equipes trocaram de levantadoras nessa temporada. O Sollys/Nestlé trouxe Fabíola e Karine, do Pinheiros, enquanto que o Unilever trouxe Fernanda Venturini, de volta da aposentadoria, e continuou com Roberta.
‘Nos últimos sete anos, esse é o grande duelo. Os times se conhecem muito bem, mas o Sollys/Nestlé mudou’, declarou Bernardinho. ‘A Fabíola se machucou e não vem jogando, e a Karine, que era para ser a segunda opção, vem sendo a titular e jogando muito bem. Além disso, a Sassá, que era uma jogadora mais de passe, saiu, e veio a Ju Costa, que é mais de ataque. Com tudo isso, é necessário um novo estudo e uma nova tentativa para tentar vencê-las’, completou o técnico do time carioca.
O técnico Luizomar de Moura, da equipe de Osasco, também acredita que a mudança no seu rival obriga sua equipe a trabalhar de forma diferente. ‘A troca de levantadoras influencia um pouco, até porque a Fernanda Venturini tem o respeito do voleibol mundial. É uma jogadora que dispensa comentários, principalmente depois de voltar nesse nível em que ela está’, analisou Luizomar. ‘Nós também precisamos mexer, já que a Fabíola está fora. Mas a Karine está adaptada e merece o nosso respeito e os nossos elogios’, confessou.