Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Após escândalo da Rio-2016, COI faz lista de presentes proibidos

Estão vetados relógios, bolsas, ouro e dinheiro. Mas os membros podem aceitar vinhos 'baratos', chocolate, gravatas e pins

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 20 out 2017, 10h30 - Publicado em 20 out 2017, 10h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nada de relógios, canetas, vinhos ou bolsas. Muito menos máquinas fotográficas, smartphones, televisões, computadores ou tablets. Ouro, metais preciosos e pedras, nem pensar. Diante de uma de suas piores crises da história, o Comitê Olímpico Internacional (COI) está exigindo que todos seus membros assinem um compromisso de ética, estabelecendo regras sobre o que um delegado pode receber de cidades candidatas a sediar eventos internacionais. Nenhum valor em dinheiro, obviamente, é aceitável.

    Mergulhado na crise aberta pela suspeita de compra de votos pelo Rio para receber a Olimpíada de 2016, o COI agora quer garantias de que seus membros saibam quais são os limites. Um dos temores dentro da entidade é de que, com as denúncias contra Carlos Arthur Nuzman, sejam revelados nomes de dirigentes que ainda fazem parte da entidade e que estariam envolvidos na compra de votos.

    Como parte de uma reforma que já começou em 2014 e na esperança de dar um sinal a patrocinadores e mesmo à opinião pública, “princípios éticos” foram estabelecidos. Até o dia 5 de novembro, todos precisarão obrigatoriamente responder a um questionário e assiná-lo.

    Com quase 30 páginas, o documento cita explicitamente, segundo um membro do COI,  “o risco de qualquer percepção de corrupção pela sociedade civil” no processo de seleção de sedes. “Membros do COI não podem aceitar qualquer tipo de presente, qualquer que seja o valor, de uma cidade-sede, seu comitê olímpico nacional ou qualquer pessoa ou entidade agindo em nome da candidatura”.

    A iniciativa foi a mesma que a Fifa adotou após seus cartolas serem presos, estipulando até a exigência de que relógios dados pela CBF fossem devolvidos.

    Continua após a publicidade

    Ingressos

    Outro foco do COI é a venda de ingressos, usados como moeda de troca. As regras estipulam que os dirigentes podem comprar entradas para os eventos. Mas jamais revendê-las. Em 2016, um dos membros da cúpula da entidade, Patrick Hickey, foi preso no Rio acusado de  envolvimento na venda ilegal das entradas. Ele nega as acusações.

    Existem também agora até regras para voos em jatos privados. Uma viagem de um membro do COI em um avião de uma terceira pessoa precisa ser autorizada pela entidade em Lausanne.

    Fica ainda proibido aceitar convites a recepções ou eventos esportivos, além de promessas de vantagens. Mesmo quando um presente chega de uma outra entidade olímpica, ele poderá ser obrigado a ser entregue ao Museu Olímpico em Lausanne.

    Continua após a publicidade

    O COI, porém, preparou uma lista de itens que poderiam ser aceitos como presentes. Isso inclui camisetas, gravatas ou pins com o logo da cidade-candidata. Também ficam autorizados chocolate, produtos locais e vinhos “baratos”. Nenhuma “remuneração secreta, comissão, vantagem e serviços” deve ser aceita.

    O novo contrato exige ainda que os membros denunciem essas práticas, além de alertar sobre eventuais conflitos de interesse. Isso incluiria outros membros da família.

    Teste

    Há até mesmo, no documento, uma espécie de simulado de situações em que um membro do COI precisaria reagir. Em uma delas, apresenta-se uma situação em que o delegado ou sua família fazem parte do conselho de uma empresa que concorre a contratos relacionados aos Jogos Olímpicos. “O que você faz?”.

    Na opção A, o delegado ignora, já que considera que não é ele quem toma a decisão. “Incorreto”, diz o COI. “O potencial de que seja visto como conflito de interesse existe”, alertou. A resposta correta, portanto, é a de que o delegado deve informar isso ao COI.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.