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Anti-heróis olímpicos: ‘o importante é competir’

A anos-luz da briga por medalhas e do brilho de grandes campeões, os Jogos Olímpicos proporcionaram momentos emocionantes com atletas convidados através de cotas para garantir a representação do seu país apesar de terem resultados muito abaixo da elite do esporte mundial. O exemplo mais marcante foi o nadador Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, que […]

Por Francois Xavier Marit
12 jul 2012, 17h34
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  • A anos-luz da briga por medalhas e do brilho de grandes campeões, os Jogos Olímpicos proporcionaram momentos emocionantes com atletas convidados através de cotas para garantir a representação do seu país apesar de terem resultados muito abaixo da elite do esporte mundial.

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    O exemplo mais marcante foi o nadador Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, que nos Jogos de Sydney-2000 teve até que recorrer ao estilo ‘cachorrinho’ e por pouco não se afogou na piscina quando completou a prova dos 100 m nado livre em 1 minuto 52 segundos e 72 centésimos, mais de um minuto acima dos demais competidores.

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    Ele tinha aprendido a nadar apenas alguns meses antes da competição. Com sua ‘façanha’ em Sydney, virou celebridade e ganhou até o patrocínio de uma marca de equipamentos de natação.

    Na mesma edição, sua compatriota e Paula Barila Bolopa também chamou atenção ao obter o pior tempo da história nos 50 m nado livre, em 1:03.97.

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    Esses atletas representam o ideal de um dos lemas do Barão Pierre de Coubertin, o pai dos Jogos Olímpicos modernos, que disse num discurso que “o importante não é vencer, mas competir”, inspirado num sermão do Bispo da Pensilvânia, Ethelbert Talbot, durante uma missa celebrada durante os Jogos Londres-1908.

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    No entanto, os mais críticos rejeitam o sistema de convites baseado em cotas por países, alegando que contraria outro lema olímpico, “Citius, Altius, Fortius (Mais rápido, mais alto, mais forte).

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    Até o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, chegou a declarar que era contra a participação de atletas que não têm o nível desejado para competir com os demais.

    “Queremos evitar o que aconteceu na natação em Sydney (com Moussambani e Bolopa). O público adorou, mas eu não gostei”, declarou o dirigente na época.

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    Além dos nadadores da Guiné Equatorial, outro atletas se ‘destacaram’ por ter completado provas de fundo muito acima do tempo dos melhores, como o afegão Abdul Baser Wasiqi (último colocado na maratona olímpica de Atlanta-1996 em 4 horas, 24 minutos e 17 segundos).

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    Já o haitiano Charles Olemus correu a prova dos 10.000 metros dos Jogos de Montreal-1976 em mais de 42 minutos.

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    Outro momento memorável foi a participação de uma jamaicana de bobsled na Olimpíada de inverno de Calgary-1988.

    Os ‘Rasta Rockett’ atrairam a atenção da mídia e inspiraram até um filme, ‘Jamaica abaixo de zero’, de 1993.

    Os jamaicanos foram imitados pelos brasileiros, que nos Jogos de Turim-2006 participaram da mesma modalidade com o ‘Frozen Banana Team’ (Bananas Congeladas).

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