Em visita à Vila Olímpica em Saint-Denis, o subúrbio de Paris onde a delegação brasileira está alojado, a primeira-dama Janja da Silva resolveu bater pé ao lado do ministro dos Esportes, André Fufuca. Falou com atletas, provou do bufê com mimos franceses e até deu uma passadinha na área médica.
Era só para conhecer as dependências, mas bateu uma curiosidade, e ela resolveu se submeter a um teste de hidratação, daqueles que se faz com coleta de saliva. Conclusão: a primeira-dama está desidratada. Nada grave.
O equilíbrio entre homens e mulheres nas quadras e arenas, inédito nos Jogos parisienses, também despertou interesse. “Ficamos falando disso”, conta Joyce Ardies, gerente de Jogos do Comitê Olímpico Brasileiro. Fotos foram batidas numa rua batizada por lá de Sócrates.
POLÊMICAS E AMORES
O presidente Lula escalou Janja para a missão de ir à Olimpíada, ocasião em que a visita à Vila pelo ocupante do Planalto é praxe, justificando a atribulada agenda. Não haveria problema aí não fosse o fato de o Comitê Olímpico Internacional (COI) não estar habituado a esse tipo de substituição, já que o convite é encarado como pessoal e intransferível.
O pedido ainda chegou no último minuto do segundo tempo ao COI. “O caso foi tratado como exceção da exceção”, conta um quadro olimpico que acompanhou as tratativas. No final, deu tudo certo, e Janja embarcou para a Cidade-Luz.
Em seu giro pela Vila, aliás, ela passou numa curiosa mini réplica da Pont des Arts na área da delegação brasileira. Na vida real, se cultivava na ponte sobre o Sena a tradição de pregar cadeados com um desejo ou o nome do amado (a estrutura ficou tão pesada que a prática acabou vetada). Já na ponte de mentirinha, Janja instalou o seu próprio cadeado. O que será que ela escreveu ali?