O texto a seguir faz parte da edição especial de VEJA em torno dos 200 anos da independência. A ideia é tratar as notícias como seriam publicadas naquela semana de 7 de setembro de 1822 – tudo o que viria a ocorrer depois, portanto, ainda não aconteceu. É um passeio histórico ao cotidiano de dois séculos atrás.
“Pedro, se o Brasil se separar, antes seja por ti, que me há de respeitar, do que para algum desses aventureiros.”
Dom João VI, de Portugal, em carta para o filho
“Independência ou morte!”
Dom Pedro, o príncipe regente, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo (leia mais na pág. 18)
“Se não arrebentar uma dúzia de cavalos no caminho, nunca mais será correio: veja o que faz.”
José Bonifácio para o oficial Paulo Bregaro, que levou as cartas do Conselho de Estado para o príncipe dom Pedro em São Paulo (leia mais na pág. 18)
“Por vós, pela pátria, o sangue daremos. Por glória só temos, vencer ou morrer.”
Versinhos declamados nas ruas do Rio de Janeiro
“Aqueles que não raciocinam são fanáticos, aqueles que não conseguem são tolos e aqueles que não ousam são escravos.”
George Gordon Byron, o Lord Byron, poeta romântico inglês
“Mas viver sem amar, sem ser amado? Vida entre gelos equivale à morte. No pasto do coração mantém-se a vida.”
Antonio Feliciano de Castilho, poeta português que acaba de lançar uma coletânea de poemas, A Primavera
“Ninguém realmente entende a dor ou a alegria do outro.”
Franz Schubert, compositor austríaco
“Se vossa alteza não se faz rei do Brasil, será prisioneiro das Cortes e talvez deserdado por elas. Não há outro caminho senão a independência e a separação.”
Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, um dos membros da comitiva de dom Pedro em São Paulo. A frase foi dita no alto do Ipiranga no sábado 7 (leia mais na pág. 18)
“As belas-artes são em número de cinco, a saber: pintura, escultura, poesia, música e arquitetura, que tem como principal ramo a pâtisserie.”
Marie-Antoine (Antonin) Carême, chef de cozinha francês
“A pontualidade é a polidez dos reis.”
Luís XVIII, rei da França
“Um governo popular sem informações sobre o povo, ou meios de adquiri-las, é apenas o prólogo para uma farsa ou uma tragédia, ou talvez ambas. O conhecimento governará para sempre a ignorância.”
James Madison, ex-presidente dos Estados Unidos, em correspondência para o governador do Kentucky, William T. Barry
Publicado em VEJA de 13 de setembro de 2022, edição especial nº 2805