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Gabriel Bá: mais um prêmio com HQ, que pode virar filme

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 out 2009, 17h57

O brasileiro Gabriel Bá acaba de acrescentar um troféu à coleção que ele e o irmão gêmeo também quadrinista, Fábio Moon, vêm faturando nos últimos anos. Na manhã de domingo, enquanto navegava por blogs e sites americanos, Bá descobriu que tinha vencido, na noite anterior, o Harvey Awards, uma das principais premiações da indústria americana de quadrinhos. O prêmio foi conquistado na categoria Melhor Desenhista de 2008, com a segunda fase da série The Umbrella Academy, uma parceria entre o brasileiro e o roqueiro Gerard Way, vocalista da banda My Chemical Romance. A série, aliás, acaba de chegar ao país: sua primeira fase foi lançada na semana passada pela editora Devir.

Apesar dos prêmios, a carreira de Bá parece ainda não ter chegado ao auge. Em fase de roteirização na Universal Studios, a série The Umbrella Academy pode virar uma atração de Hollywood em breve, como contou em entrevista nesta terça-feira.

Em 2008, The Umbrella Academy ganhou o Eisner e o Harvey Awards, os dois maiores prêmios dos EUA, e, neste ano, foi finalista do Eisner e novamente premiado no Harvey. A que você atribui o sucesso da série no exterior?

É uma boa HQ, uma história inteligente com elementos do universo dos super-heróis e personagens de emoções palpáveis. Pelo lado da arte, como a história é bastante visual, ela exige muito de mim. Meu trabalho melhora à medida que faço o Umbrella. O fato de a série ter como roteirista o Gerard Way também contribui para o seu bom desempenho, mas apenas num primeiro momento. O sucesso da série vem mesmo da qualidade da história e do desenho.

Você já conversou com o Gerard Way a respeito da premiação?

Ele me mandou um e-mail no domingo, dando os parabéns. A gente tem uma ótima relação, por e-mail e, às vezes, Skype, e essa parceria deve durar anos. Já publicamos duas fases da série The Umbrella Academy e há um final previsto para ela, mas também há abertura para a gente contar quantas histórias quiser antes de colocar um ponto final.

E o cinema, o Umbrella pode chegar lá?

Sim, já está sendo desenvolvida uma adaptação da primeira fase da série pela Universal Studios. A produtora tem parceria com a Dark Horse, editora que publica o Umbrella nos EUA. Vai ser um filme com atores, mas, por enquanto, é apenas um roteiro. Se aprovado o texto, vão procurar diretor. O roteiro é de Mark Bomback, que escreveu Duro de Matar 4.0 e A Montanha Enfeitiçada, um remake recente de um filme da Disney.

O prêmio Harvey inclui algum pagamento ou viagem?

Não, só mesmo o reconhecimento pelo trabalho, o que é bom para divulgação. Nos EUA, o Harvey só perde em reconhecimento para o Eisner Awards.

Agora, que a série está saindo no Brasil, o prêmio vem a calhar.Divulgação

Sim. Na verdade, eu e a editora trabalhamos para lançar a série durante Festival Internacional de Quadrinhos, que aconteceu no fim de semana em Belo Horizonte. Foi uma feliz coincidência o prêmio ter saído junto com o lançamento.

A série teve a sua segunda fase premiada e só agora chega ao Brasil. Esse caminho pode estimular as vendas por aqui?

Ajuda um pouco a vendagem. A gente já tem um público no país, porque trabalhamos aqui há 15 anos. Mas é um público diferente daquele do Umbrella, que pode me ver pela primeira vez lendo esta série. Acho que uma coisa complementa a outra.

Você pensa em focar mais a carreira no exterior?

Eu tento priorizar os projetos mais legais, independente de onde venham. Projetos que eu ache mais interessantes, mais relevantes, que façam diferença para a minha carreira e para o público. Eu não faço quadrinhos para ganhar dinheiro, faço para contar histórias.

Quais os próximos projetos?

O foco agora é Daytripper, série que eu e o Fábio estamos fazendo para publicar pela editora Vertigo, nos EUA. É uma história mais parecida com o universo dos 10 Pãezinhos (uma das principais obras da dupla), mais voltada para os relacionamentos humanos. Daytripper se passa no Brasil e é sobre um cara que quer ser escritor, mas trabalha num jornal, escrevendo obituários. E é também uma história sobre momentos especiais na vida, que vão moldando e direcionando você, sobre os relacionamentos que você vai construindo ao longo da vida.

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