Divulgado nesta quarta-feira, 13, pela ONG Todos Pela Educação, o Anuário Brasileiro da Educação Básica revelou que 1 em cada 3 professores de escolas públicas não possui a formação adequada para lecionar. O levantamento aponta que, em geral, 68% dos professores do ensino infantil e médio da rede pública possuem graduação específica. Nos primeiros anos do ensino fundamental, essa porcentagem aumenta para 79%. No entanto, nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a taxa cai para 59%.
No total, 12,8% dos docentes no Brasil, tanto em escolas públicas quanto privadas, não têm graduação, sendo a educação infantil a mais afetada com 20,5% de professores sem diploma superior.
Em relação à situação salarial, o rendimento médio mensal dos professores com ensino superior nas redes públicas foi de R$ 4.942 em 2023, um aumento significativo desde 2013, quando os docentes ganhavam apenas 71% do rendimento de outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade. No entanto, a contratação de professores temporários tem aumentado, especialmente nas redes estaduais, onde mais de metade dos docentes são temporários.
A formação docente também apresenta desafios, com quase 60% dos licenciandos se formando a distância, uma modalidade que, embora tenha democratizado o acesso ao ensino superior, ainda enfrenta questionamentos sobre sua eficácia na formação de professores.