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Postos de trabalho mais difíceis de preencher: Brasil precisa de mais cursos técnicos

Avaliação é de Moisés Sznifer, professor da Fundação Getulio Vargas

Por Lecticia Maggi
5 jun 2013, 18h09
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  • Empresas não valorizam profissionais de nível técnico (em geral, mal remunerados), governos não estimulam a criação de cursos para formação de profissionais desse nível e jovens ainda dão preferência à universidade após o ensino médio. O resultado da associação de fatores? “A escassez de profissionais qualificados para preencher cargos técnicos”, responde Moisés Sznifer, especialista em coaching (orientação profissional) e professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAE), em São Paulo. “Hoje, infelizmente, só atua na área técnica quem não encontra outra opção melhor.”

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    A avaliação do especialista é feita a partir da observação de pesquisa publicada recentemente que confirmou análises anteriores preocupantes: as empresas têm dificuldades em contratar profissionais na área técnica – entre outros setores (confira o quadro abaixo). O estudo, realizado pela ManpowerGroup, empresa especializada em seleção de pessoas, coloca o Brasil na vice-liderança entre 42 nações com a maior escassez de talentos: 68% dos empregadores entrevistados relataram dificuldades para preencher vagas em suas organizações. O índice equivale a quase o dobro da média global.

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    “O porcentual é alto, mas não deveria surpreender: só reflete a realidade brasileira”, diz Snifer. “Os diplomas técnicos não são valorizados e faltam profissionais em áreas operacionais, de mecânica e eletricidade, por exemplo.”

    Ao mesmo tempo em que as empresas sofrem para encontrar profissionais, também são responsáveis em grande medida por afastá-los dos postos de trabalho. “As organizações têm culpa na medida em que investem muito em programas de estágio e trainee, mas não cuidam da qualificação de seu quadro técnico”, diz. Segundo o economista, a lei da oferta e da procura não se aplica às áreas técnicas. “A demanda pelos profissionais é alta, mas os salários pagos continuam muito baixos.”

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    Não há passe de mágica para encontrar – e contratar – bons profissionais. A solução para o déficit de talentos no país, especialmente em níveis técnicos, é investimento. Assim como o governo federal oferece bolsas de estudo no exterior para cursos de nível superior e pós-graduação, por meio do programa Ciências sem Fronteira, Snifer defende que sejam concedidos benefícios para cursos técnicos. O passo seguinte é a valorização salarial. “Hoje, não há estímulo governamental para cursos técnicos, e as iniciativas privadas não dão conta dessa missão. Para combater a escassez de mão de obra, precisamos de mais e melhores cursos”, afirma o especialista.

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