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Varejo cobra explicações da JBS em meio à campanha de boicote

O Bob's informa que “avalia as medidas cabíveis a serem tomadas e levará o assunto para ser discutido junto às entidades representativas do setor”

Por Da redação
Atualizado em 26 Maio 2017, 14h40 - Publicado em 26 Maio 2017, 08h39
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  • A campanha de boicote aos produtos da JBS, pivô da maior crise política do governo Temer, vem preocupando as redes varejistas. Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, afirmaram em delação premiada que pagaram propina a políticos de diversos partidos para facilitar os negócios da companhia.

    O GPA, dono das marcas Pão de Açúcar, Extra e Assaí, informa que solicitou à JBS esclarecimentos, “bem como as salvaguardas adotadas pela companhia e a implementação de mecanismos de compliance e integridade, com o objetivo de prevenir novos atos de corrupção na empresa”.

    O grupo diz ainda repudiar “qualquer situação de corrupção, fraude ou suborno” e informa que está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos e a decisão das autoridades”.

    O Carrefour informou que não tolera nenhuma prática ilícita e que “tem como princípio fundamental o combate à corrupção em todas as suas formas”. Sobre a relação com a JBS, a empresa informa que aguarda o desfecho do caso. A rede Walmart diz que também acompanha o caso.

    Depois de confessarem diversos crimes à Procuradoria Geral da República para fechar os termos da delação premiada, os donos da JBS negociam agora um acordo de leniência.

    Fast-food

    As empresas de fast-food também acompanham a situação da JBS, fornecedora da carne do hambúrguer das principais redes.

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    O Bob’s informa que “avalia as medidas cabíveis a serem tomadas no caso e informa que levará o assunto para ser discutido junto às entidades representativas do setor”.

    Em nota, a J&F, controladora da JBS, informa que continua “operando normalmente e oferecendo produtos de qualidade”. “A empresa tem uma situação financeira robusta e uma relação de confiança com milhões de consumidores pelo mundo”.

    O grupo diz ainda que nenhum dos atos relatados à PGR “envolve a qualidade dos produtos ou a excelência operacional”.

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    “Não seria possível expor a corrupção no país sem que os responsáveis pelos atos ilícitos admitissem e relatassem como e com quem agiram, fornecendo provas. Joesley Batista e outras seis pessoas realizaram um acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Os atos cometidos no passado foram comunicados à PGR e estão documentados nos autos da delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o grupo em nota.

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