A Uber entregou nesta terça-feira ao Senado um abaixo-assinado, com cerca de 815 mil assinaturas, que pede a rejeição da lei sobre aplicativos de transporte em discussão e a aprovação de um texto alternativo criado pelas empresas. A regra atualmente em discussão foi votada em abril na Câmara e é criticado pelas companhias.
As assinaturas entregues hoje foram colhidas por motoristas da Uber, e o documento foi entregue ao presidente em exercício da Casa, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O projeto ainda precisa ser incluído na ordem do dia para entrar em votação, o que ainda não ocorreu.
A empresa se uniu às concorrentes 99 e Cabify em campanha contra a proposta de lei, com pedidos de assinaturas em abaixo-assinado e mensagem a clientes estimulando-os a pressionarem os parlamentares.
O problema, de acordo com as empresas, é que ela aumenta a burocracia da plataforma e diminui a chance das pessoas gerarem renda ao impor uma série de exigências que poderiam inviabilizar o modelo privado. Entre elas, está a obrigação de motoristas de aplicativos possuírem carros com placas vermelhas, iguais às usadas pelos taxistas.
O Brasil é um dos mercados mais importantes para esses aplicativos. As empresas dizem que o projeto não foi suficientemente debatido com a sociedade. Um dos argumentos dos motoristas dos aplicativos é que eles não podem ser igualados aos taxistas, pois não contam com os mesmos benefícios – como desconto para compra de carro ou poder andar na faixa exclusiva de ônibus.