A Uber aumentou o número de mulheres em seu quadro de funcionários. De acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira pela empresa, a participação feminina na força de trabalho subiu 6,2 pontos porcentuais na América Latina, saindo de 40,9% em março de 2017 para 47,1% neste ano. No mundo, a companhia ampliou a proporção delas em 1,9%, representando 38% do total de profissionais.
Grupos com menos representatividade ganharam mais espaço nos cargos de lideranças – alta de 2,5% na participação desses profissionais em posições de chefia. O número de mulheres em funções de comando avançou, mas apenas na área de tecnologia (4,3%). Mas ainda houve queda nos segmentos não-técnicos (-3,9%) e em geral (-1,1%).
O crescimento, diz a companhia, está alinhado com o compromisso mundial assumido no ano passado de criar um ambiente em que todos os funcionários pudessem trabalhar, se desenvolver e se sentir bem, independentemente de sua origem, gênero, raça ou orientação sexual.
“Estamos investindo fortemente para ser uma empresa cada vez mais inclusiva e o resultado pode ser visto nos números”, diz Ana Pellegrini, diretora jurídica e líder de diversidade e inclusão para a América Latina. No Brasil, o companhia tem 1.000 funcionários e no mundo são 18 mil trabalhadores.
“Equipes inclusivas e diversas são o maior ativo de uma empresa: elas contestam suposições, estimulam a inovação e, por isso, são uma vantagem competitiva”, afirma Liane Hornsey, diretora global de pessoas da Uber. “Fizemos um progresso significativo no último ano, mas ainda temos muito trabalho a fazer para aumentar a representação de mulheres e outros grupos pouco representados”, complementa.
Pesquisa realizada ano passado pela companhia mostra que 15% dos profissionais se identificam como parte da comunidade LGBTQi.
Entre as iniciativas para alcançar o resultado, a Uber reformulou a maneira como recruta e contrata seus funcionários. Segundo a companhia, foram capacitados mais de 1.000 novos entrevistadores e implementadas medidas para eliminar o preconceito no processo de seleção, incluindo parceria com especialistas externos. Como exemplo, as equipes de recursos humanos instituíram entrevistas estruturadas para garantir que todos os candidatos recebesses as mesmas perguntas e fossem julgados de acordo com as mesmas competências.
A empresa também elaborou o Why Diversity Matters (Por que a Diversidade Importa), programa global sobre diversidade projetado para enfatizar a importância de cultivar e manter a diversidade de experiências, formação e pensamento nas equipes. Quase 4.000 contratados em todo o mundo participaram do treinamento.