Na semana passada, Elon Musk e Jack Dorsey, o fundador e CEO do Twitter, alteraram suas biografias na rede social para um singelo #bitcoin. O que eles estavam sabendo?, se perguntaram os investidores. Nesta semana, parece estar claro o que a mensagem significava. A Tesla, de Musk, anunciou que comprou 1,5 bilhão de dólares em bitcoins durante o mês de janeiro e que pretende vender carros usando a criptomoeda como pagamento. Nesta quarta-feira, 10, o diretor financeiro do Twitter, Ned Segal, disse que a empresa está considerando como adicionar bitcoin em seu balanço, como forma de poder utilizar a moeda em pagamentos da empresa.
“Fizemos muitas reflexões iniciais para considerar como poderíamos pagar os funcionários caso eles pedissem para ser pagos em bitcoin, como poderíamos pagar a um fornecedor se ele pedisse para ser pago em bitcoin e se nós precisamos ter bitcoin em nosso balanço”, disse ele em entrevista à rede de televisão americana CNBC.
"We've done a lot of the upfront thinking to consider how we might pay employees should they ask to be paid in #bitcoin, how we might pay a vendor if they asked to be paid in #btc and whether we need to have #btc on our balance sheet," says @NedSegal $TWTR. pic.twitter.com/KjIgnqDmYC
— Squawk Box (@SquawkCNBC) February 10, 2021
As ações do Twitter no mercado americano chegaram a subir 13% nesta manhã e, por volta das 13h, tinham alta na casa dos 8%. Mas o otimismo com as ações da empresa foi impulsionado especialmente pelos resultados que a empresa apresentou na noite de terça-feira. A receita do Twitter com publicidade subiu 28% no último trimestre de 2020. A empresa também anunciou que terminou o ano com 192 milhões de usuários ativos, algo em torno de 70% maior do que há um ano atrás. O Twitter, no entanto, ainda tem seus desafios depois que baniu o ex-presidente americano Donald Trump por incitar a violência no episódio da invasão do Capitólio.
Já o bitcoin depois de subir quase 30% após o anúncio da Tesla, cai cerca de 7% nesta quarta.