Conforme previsto, o Twitter entrou com uma ação formal contra o bilionário Elon Musk, após a quebra do contrato de 44 bilhões de dólares para a compra da rede social. A partir desta terça, 12, o Tribunal de Chancelaria de Delaware será o palco da batalha judicial entre o magnata e os atuais gestores do Twitter.
No cerne das discussões, agora judicializadas, está a continuidade ou não do contrato. Em outras palavras, se assim entender, a justiça americana pode obrigar Musk a finalizar o acordo proposto ou concluir que o Twitter violou a obrigação de fornecer os dados solicitados pelo bilionário, conforme a alegação.
Para encerrar o acordo, Musk afirmou que o Twitter se recusou a fornecer informações sobre o número real das contas falsas existentes na plataforma. Em diversas ocasiões, o dono da Tesla e da SpaceX demonstrou não acreditar nas declarações públicas da empresa sobre o tema, indicando que só finalizaria a aquisição se pelo menos 5% dos usuários ativos não fossem bots.
Para o magnata, os executivos da rede social “enganaram” o público e os usuários falsos seriam muito mais numerosos do que foi anunciado previamente. Cerca de 1 milhão de contas de spam são excluídas diariamente, segundo informações divulgadas pela companhia.
A equipe de defesa do Twitter alega “invalidez” na decisão de Musk e diz que o nível de contas falsas na plataforma é auditado por especialistas. Segundo os advogados, Musk violou “intencionalmente e materialmente” o acordo de compra da rede social e deve seguir com os trâmites.