Taxistas de várias cidades espanholas decidiram interromper seus serviços por tempo indeterminado em protesto contra a proliferação de licenças para carros de transporte particular como Uber e Cabify. A greve dos motoristas de táxi começou na última sexta-feira, depois que o Tribunal Superior da Catalunha decidiu manter a suspensão do regulamento metropolitano que restringia a concessão de licenças para esse tipo de serviço.
Em protesto, centenas de taxistas passaram a noite de sexta-feira parados na Gran Vía de Barcelona. Faltam táxis também nos aeroportos. Em solidariedade, três organizações que representam os taxistas de Madri anunciaram uma greve espontânea. “Neste momento não há táxis em Madri”, afirmou Julio Sanz, presidente da Federação Profissional do Táxi de Madrid, à agência espanhola Efe.
Os motoristas concordaram em manter serviços mínimos, de forma gratuita, para pessoas que tenham mobilidade reduzida, grávidas, famílias com bebês e emergências.
Taxistas de Málaga e Costa do Sol, no sul de Espanha, de Saragoça, região nordeste, e das ilhas Baleares anunciaram também que iriam aderir à greve.
“Não é lógico que uma licença de táxi custe 140 000 euros e que uma de VTC (licença para transporte particular) não custe mais de 48 euros”, disse um responsável da Élite Madrid Taxi ao diário espanhol El País.