Em mais um ano de dificuldades para o governo na área fiscal, o setor público consolidado encerrou 2017 com déficit primário de 110,6 bilhões de reais, informou nesta quarta-feira o Banco Central (BC). O resultado reflete o desempenho fiscal do Governo Central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central), dos estados, dos municípios e das empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras.
Apesar do rombo no ano passado, este é o menor déficit anual desde 2014, quando houve resultado negativo de 32,5 bilhões de reais. O resultado negativo corresponde a 1,69% do produto interno bruto (PIB). A meta para o ano passado era de um déficit de até 163,1 bilhões de reais.
O rombo de 2017 foi composto de um déficit de 118,4 bilhões de reais do Governo Central, segundo o cálculo do BC. Na segunda, o Tesouro divulgou um resultado negativo de 124,4 bilhões de reais para esse mesmo setor – as duas instituições usam metodologias diferentes para o cálculo.
Já os governos regionais (estados e municípios), influenciaram o resultado total calculado pelo Banco Central positivamente com 7,5 bilhões de reais. Os estados registraram superávit de 6,9 bilhões de reais e os municípios tiveram resultado positivo de 601 milhões. de reais As empresas estatais contabilizaram superávit primário de 362 milhões de reais.