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Roraima teme prejuízos em exportações e safra com fechamento de fronteira

Estado é importador de calcário e fertilizante venezuelano. Com a fronteira fechada, o abastecimento será afetado, o que pode atrapalhar o próximo plantio

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 22 fev 2019, 01h14 - Publicado em 22 fev 2019, 01h03
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  • O governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), demonstrou preocupação com as exportações e a safra agrícola do Estado caso se confirme o fechamento da fronteira entre o Estado e a Venezuela. O presidente do país vizinho, Nicolás Maduro, anunciou o bloqueio da divisa a partir da noite desta quinta-feira, 21.

    Denarium lembrou que o Estado é importador de calcário e fertilizante da Venezuela. Se a fronteira for fechada, o abastecimento será afetado, o que pode atrapalhar o próximo plantio, que se inicia nos meses de maio e junho.

    O governador também observou que Roraima é um exportador de alimentos para o país venezuelano. “Isso também pode comprometer o faturamento das empresas de Roraima, e até provocar o fechamento de algumas empresas. Estamos torcendo para que a Venezuela e o Brasil encontrem um caminho harmônico”, afirmou Denarium a jornalistas após audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

    Combustível

    O fornecimento de combustível e energia também deixa as autoridades apreensivas. Denarium lembrou que, em função da gasolina na Venezuela ser muito barata, nem há postos de combustível em Pacaraima, cidade que faz fronteira com Venezuela. “Se por acaso for fechada a fronteira, pode haver problemas de abastecimento”, disse.

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    Sobre a energia elétrica, o governador destacou que Roraima é o único Estado do Brasil que não está interligado ao sistema nacional de energia elétrica. “Nós temos 50% da energia vindo da Venezuela, outros 50% por termoelétrica, por óleo diesel”, afirmou Denarium.

    “Se houver um corte de energia da Venezuela, nós não temos energia suficiente para atender o estado de Roraima. Aí serão obrigatórios os racionamentos diários de energia elétrica, porque não temos energia em quantidade”, afirmou. Segundo ele, houve uma reunião no Ministério de Minas e Energia em que se discutiu a “contratação de energia suficiente” para o caso de corte no fornecimento.

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