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Renault é investigada na França por fraude em motores a diesel

Procuradoria abriu investigação contra empresa após testes de emissão realizados com diversos veículos no país feitos no ano passado

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h44 - Publicado em 13 jan 2017, 19h07
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  • A Justiça da França abriu uma investigação sobre a Renault para determinar se há fraude nos dispositivos de controle de emissões poluentes nos veículos a diesel da montadora originária do país. A procuradoria ordenou na última quinta-feira a abertura dessa investigação, acrescentando como agravante consequências para a saúde.

    O procedimento ocorre na mesma semana em que a Volkswagen fechou um acordo nos Estados Unidos que prevê pagamento de multas bilionárias por fraudes e que a Fiat Chrysler foi denunciada pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) americana. Ambos os casos são relacionados a emissões de poluentes de seus veículos.

    A Renault, que apresentou em março de 2016 um plano de ação para reduzir os óxidos de nitrogênio (NOx) de seus motores a diesel, declarou em um comunicado que “respeita a legislação francesa e europeia” e que seus veículos “não têm dispositivos fraudulentos”.

    A montadora francesa é a segunda fabricante de automóveis que terá que responder na justiça do país por suas práticas em matéria de emissões de seus motores a diesel, depois da Volkswagen. A empresa alemã admitiu em setembro de 2015 que manipulou testes para falsificar os resultados dos controles de emissão de partículas poluentes de onze milhões de veículos.

    Investigações em montadoras

    Após o escândalo da Volkswagen, o ministério do Meio Ambiente da França criou uma comissão de especialistas para realizar testes de uma centena de marcas de veículos à venda no país. As conclusões da comissão, publicadas em julho de 2016, evidenciaram que várias fabricantes, em particular a Renault, excediam as emissões permitidas.

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    Paralelamente, o ministério da Economia francês encarregou a Direção Geral de Concorrência, Consumo e Repressão de Fraudes (DGCCRF, na sigla em francês) de investigar uma dezena de marcas que vendem veículos a diesel na França.

    Na quarta-feira, a VW reconheceu na Justiça americana sua participação em uma “conspiração” e aceitou pagar uma multa adicional de 4,3 bilhões de dólares (13,84 bilhões de reais), elevando a cerca de 22 bilhões de dólares (70,84 bilhões de reais) as indenizações que deverá pagar unicamente nos Estados Unidos.

    Isso, entretanto, não encerra o capítulo do “dieselgate” nos Estados Unidos. Na quinta-feira, as autoridades americanas acusaram o grupo Fiat Chrysler (FCA) de ter manipulado também os motores de 104.000 de seus veículos a diesel no país para minimizar o nível real de suas emissões poluentes.

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    De acordo com as autoridades americanas, o grupo ítalo-americano instalou um programa controverso em seus modelos Jeep Cherokee e suas caminhonetes picape Dodge Ram, fabricadas entre 2014 e 2016, sem informar às autoridades. A Fiat Chrysler rejeitou imediatamente as acusações assegurando o respeito às “condições exigidas” e negando qualquer trapaça.

    (Com AFP)

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