O rei Juan Carlos se reuniu nesta terça-feira com os líderes dos dois principais sindicatos do país – Cándido Méndez, da União Geral de Trabalhadores (UGT), e Ignacio Fernández Toxo, das Comissões Operárias (CCOO) – para analisar a crise econômica que a Espanha atravessa. Esta é a primeira visita conjunta dos dirigentes sindicais ao Palácio da Zarzuela.
Toxo e Méndez expuseram ao rei sua visão crítica das últimas medidas de austeridade do governo de Mariano Rajoy, assim como sua avaliação da crise em uma Espanha em recessão com desemprego de 24,6%. Eles acusaram o Executivo de utilizar a seu favor a figura do rei, porque Juan presidiu em 13 de julho o Conselho de Ministros que deliberou e aprovou o plano de austeridade no dia.
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Méndez, da UGT, disse, pouco antes da reunião, em declarações à Radio Nacional de Espanha, que os sindicatos iam expressar sua “enorme preocupação” com a situação do país e as políticas de cortes, que acreditam que estão agravando mais a recessão e provocam mais queda de emprego. Méndez lembrou que a reunião foi uma iniciativa do rei.
O líder da UGT considera que as políticas de ajuste, que começaram em maio de 2010 com o anterior Governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, estão levando a situação a extremos “intoleráveis e inadmissíveis” e são um “fracasso total”.
(Com agência EFE)