Brasil possui mercado interno robusto, mas sofre com problemas de infraestrutura e com nível ruim de sistema educacional, avalia o estudo do Fórum Econômico
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A perspectiva para a América Latina é ótima para os próximos anos, apesar das incertezas econômicas nos Estados Unidos e na Europa, segundo um relatório apresentado nesta quarta-feira pelo Fórum Econômico Mundial (FEM).
O documento avalia que a região conseguiu superar a recessão global de 2008 e cresceu de maneira estável desde então. “Com uma taxa de crescimento em torno de 6% em 2010 e taxas previstas de 4,75% para 2011 e de 4,25% para 2012, a região reduziu o diferencial de produção e o excesso de capacidade gerado nos anos da recessão, superando em resultados as economias mais avançadas”, afirma o relatório. No entanto, o FEM adverte que alguns países exportadores de matérias-primas, como Chile e Brasil, começaram a mostrar neste ano sinais de superaquecimento. “Há pressões inflacionárias que começaram a se acentuar e que são cada vez mais preocupantes.”
Para a instituição, a solidez dos resultados latino-americanos em competitividade tem a ver com políticas monetárias e fiscais mais sólidas e com uma afortunada demanda interna, sem esquecer a forte demanda por matérias-primas da China. São muitos os países que sobem no ranking de competitividade elaborado anualmente pelo FEM, com 142 Estados e que tem entre os dez primeiros Suíça, Cingapura, Suécia, Finlândia, Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos, Dinamarca, Japão e Reino Unido. O Brasil está em 53º lugar no ranking.
Desafios – O FEM considera que, apesar da heterogeneidade da região, é possível identificar quatro desafios comuns para as economias da América Latina: a fraqueza institucional e a consequente insegurança, a deficiência da infraestrutura, a ineficaz repartição da produção e dos recursos humanos e o atraso em matéria de inovação frente a outros países emergentes.
O relatório não considera fora de propósito falar de uma década latino-americana para descrever as expectativas de progresso econômico na região, mas insiste que se não for feito nada para enfrentar os problemas assinalados, o crescimento a longo prazo corre risco.
(com Agência EFE)