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Protestos ambientais colocam em dúvida o futuro do Salão de Frankfurt

Presidente da associação alemã de automóveis diz que é preciso 'novo conceito' em meio a pedidos para que o evento seja concentrado em transporte ecológico

Por da Redação
Atualizado em 17 set 2019, 12h36 - Publicado em 16 set 2019, 17h24
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  • Com um fim de semana cheio e protestos contra a indústria automotiva, o Salão do Automóvel de Frankfurt, um dos maiores do mundo, está com seu futuro em xeque para tentar adequar a feira as demandas ambientais. Segundo o jornal ‘Financial Times’, Bernhard Mattes, chefe da associação automobilística VDA, que organiza o evento, se recusou a se comprometer com um retorno à cidade, que recebe a feira desde 1951.

    Mattes deu a entender que o formato atual, onde as marcas promovem seus novos modelos de carros, poderá em breve se tornar obsoleto em meio a pedidos de políticos locais para que o show seja transformado em um evento que se concentre apenas no transporte ecológico.

    “Já fizemos várias alterações”, disse ele. “Não se trata de quantos carros, quantos visitantes, quantos metros quadrados. Primeiro, temos que concordar com um novo conceito e depois decidir [em qual cidade] exibir isso melhor”, afirmou o executivo, que durante o evento anunciou sua aposentadoria. Ele ficará a frente da associação até o fim deste ano. O Salão de Frankfurt vai até o próximo domingo, 22.

    A pressão por mudanças ambientais e a crise na indústria automotiva fez com que o salão reduzisse de tamanho neste ano. O número de expositores caiu 20% em relação a última edição. ficaram de foras montadoras como Toyota, Peugeot, Citroen, Nissan, Kia, Volvo, Ferrari e todas as marcas da Fiat Chrysler Automobiles.

    Pressão

    O Salão de Frankfurt enfrentou protestos na sexta-feira, sábado e domingo, com ambientalistas pedindo medidas como a proibição do carro nas cidades. Houve também demandas de construção de mais ciclovias e aumento da oferta de transporte público. Chamando as montadoras de “assassinas do clima”, os manifestantes dizem que as mudanças na indústria automobilística para atender a demanda ambiental, como a construção de carros elétricos, estão sendo muito lentas.  Organizações como Greenpeace e Fridays for Future, compareceram aos atos e devem fazer novas ações no último fim de semana do evento. 

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