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Programa de auxílio para os estados passa por reforma da Previdência

Unidades da federação poderão pedir empréstimos a bancos privados, públicos e entidades mediante a ajuste econômico

Por Estadão Conteúdo 6 mar 2019, 10h29
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  • O novo programa de auxílio que está sendo preparado pelo governo federal só beneficiará parte dos estados se a reforma da Previdência for aprovada. De acordo com fontes da equipe econômica, o ajuste fiscal que será exigido em troca será “muito duro” e, para alguns estados em situação mais crítica, só será alcançável com as mudanças nas regras previdenciárias.

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    Com os governadores reclamando que os estados estão à beira de um “colapso social”, o governo federal prepara um programa que poderá beneficiar até 11 unidades da federação a um custo de, no máximo, 10 bilhões de reis por ano – abaixo dos 24 bilhões de reais gastos nos últimos dois anos para socorrer o Rio de Janeiro.

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    A ideia é dar o aval da União a empréstimos com bancos privados e públicos e, em troca, os estados terão que aprovar medidas para melhorar as contas, cortando despesas e aumentando receitas.

    Para se adequar nesses programa, muitos estados precisam contar com mudanças que passam pela reforma da Previdência, como a possibilidade de aumentar a alíquota de contribuição previdenciária do funcionalismo e o aumento da idade mínima para a aposentadoria de professores e policiais, que chega a tomar 2/3 da folha de pagamento.

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    A equipe econômica trabalha para que o projeto esteja pronto em cerca de um mês e tramite concomitantemente com a reforma da Previdência, o que servirá como “moeda de troca” para que os governo consiga o apoio dos governadores.

    Porém, o novo programa já enfrenta resistências antes mesmo de nascer. Governadores e secretários de fazenda reclamam que não terão alívio imediato de caixa, o que não atende muitos Estados que estão sem dinheiro até para pagar salários.

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    “Não é um programa que vai liberar recurso em um mês ou dois. Isso seria inconstitucional”, admite uma fonte da área econômica.

    Regras

    A intenção do governo é que as adesões ao novo programa comecem neste ano e durem até o fim do próximo. O auxílio atenderá estados que, pela avaliação do órgão, têm hoje baixa capacidade de pagamento de financiamentos (nota C ou D), o que abrange Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Norte, que decretaram calamidade financeira, e também Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Santa Catarina, Tocantins e Sergipe.

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    Ficam de fora os “superendividados” Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que teriam a opção de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que prevê a suspensão do pagamento da dívida por três anos em troca de medidas como privatização de estatais.

    Pela regra atual, a União só pode dar garantia a empréstimos para Estados que têm capacidade de pagamento, ou seja, nota A ou B. Com o novo programa, serão dadas garantias para que estados com nota C ou D contratem financiamentos com bancos públicos, privados ou organismos internacionais, desde que eles aprovem nas Assembleias Legislativas medidas de ajustes que garantam que a nota chegue a pelo menos B até 2022, quando termina o mandato dos atuais governadores.

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    Para isso, teriam que adotar medidas como vedação de reajuste salarial e de contratação de novos servidores. Os valores dos empréstimos que forem autorizados corresponderão a uma parte da economia que os estados tiverem com essas medidas.

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