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Por unanimidade, Copom mantém a Selic em 10,5% ao ano

Comitê de política monetária manteve a interrupção no ciclo de cortes de juros e destacou que cenário externo e interno exigem cautela

Por Camila Pati Atualizado em 31 jul 2024, 19h07 - Publicado em 31 jul 2024, 18h52
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  • O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5%, mantendo a interrupção no ciclo de cortes que começou em junho. Desde agosto do ano passado, o comitê vinha fazendo cortes. Ao todo foram sete reduções consecutivas. 

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    Como da última vez, a decisão ocorreu de forma unânime e era amplamente esperada pelo mercado financeiro. O comitê destacou que o ambiente externo adverso continua exigindo cautela dos países emergentes, com incerteza em relação aos efeitos e o tamanho da flexibilização dos juros nos Estados Unidos, além de movimentos  de inflação em diversos países.  O Fed, banco central americano, em seu comunicado, divulgado nesta quarta-feira,31, deixou a porta aberta para um corte de juros em setembro.

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    No Brasil, o comitê destaca que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho continuam apresentando resultados melhores do que o esperado. “A desinflação medida pelo IPCA cheio tem arrefecido, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, diz o comunicado do Copom.

    O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. O Copom identificou três principais desafios que podem afetar negativamente as expectativas de inflação: desancoragem das expectativas de inflação, resiliência na inflação de serviços, políticas econômicas internas e externas

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     Por outro lado, o Copom também apontou dois riscos que poderiam ajudar a conter a inflação: desaceleração da atividade econômica global, impactos do aperto monetário global.

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    “O Comitê avalia que as conjunturas doméstica e internacional exigem ainda maior cautela na condução da política monetária. Em particular, os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância”.

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    O Comitê também disse que está observando como as mudanças recentes nas políticas do governo, relacionadas ao dinheiro e gastos públicos, afetam as decisões sobre juros e o valor dos investimentos. O Copom destacou que a maneira como as pessoas e empresas veem a situação financeira do governo está influenciando os preços dos investimentos e o que elas esperam para o futuro.

    “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz a nota.

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    O Copom destaca que a conjuntura atual demanda serenidade em relação à condução da política monetária. “O Comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de juros inalterada, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela. Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta. O Comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, diz o comunicado.

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