Após sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o nome de Gabriel Galípolo foi aprovado por unanimidade para assumir o comando do Banco Central do Brasil em janeiro de 2025. Dos 27 membros da comissão, 26 senadores presentes votaram a favor — o presidente da comissão, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), não vota. A votação que seguiu para plenário oficializou o nome de Galípolo para o cargo, com 66 votos a favor e cinco contrários.
A votação no plenário foi vista como uma formalidade, já que a nomeação de Galípolo para presidir o Banco Central em 2025 era praticamente certa.
A nomeação de Galípolo, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traz consigo a expectativa de um maior alinhamento entre o Banco Central e as políticas econômicas do governo. Esse otimismo contrasta com a relação tensa entre Lula e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula criticou repetidamente a manutenção da Selic em patamares elevados, decisão que Campos Neto defendeu como necessária para combater a inflação.
Galípolo, que entrou no governo Lula em janeiro de 2023 como secretário-executivo do Ministério da Fazenda e depois assumiu o cargo de diretor de política monetária do BC, afirmou durante a sabatina que continuará a seguir a missão de manter a inflação dentro da meta de 3%, ressaltando seu compromisso com a responsabilidade monetária, apesar das pressões políticas. Agora, resta ver como essa mudança na liderança do BC poderá impactar a política monetária e a dinâmica com o governo.