Pix ganha novas funções e vai permitir pagamento de contas em maio
Pix Cobrança permitirá que empresas façam cobranças e faturas de forma instantânea e agendada via QR Code
Em vigor desde novembro, o Pix caiu no gosto do brasileiro. A transferência instatânea — gratuita para pessoas físicas — terá a companhia de outros serviços nos próximos meses. O Pix Cobrança, que permitirá o pagamento de cobranças e faturas, como o boleto, passará a funcionar em forma de teste a partir de 14 de maio. Segundo resolução do BC divulgada nesta quinta-feira, 22, a partir de julho a funcionalidade deve estar plenamente em funcionamento.
O Pix Cobrança permitirá que a empresa ou o prestador de serviço emita um QR Code para receber pagamentos imediatos ou cobranças com vencimento futuro. Assim como no boleto, a ferramenta permite a configuração de informações como juros, multa e descontos. Isso deve acelerar a popularização do produto também entre pessoas jurídicas. Como o Pix é instantâneo, os pagamentos cairão na hora na conta da empresa, facilitando o fluxo de caixa.
“A regra estabelece que as instituições participantes do Pix que não conseguirem proporcionar a experiência completa de pagamento (leitura do QR Code e pagamento em data futura) no período de 14 de maio a 30 de junho, terão que, no mínimo, possibilitar a leitura e o pagamento na data da leitura do QR Code, com todos os encargos e abatimentos calculados corretamente”, diz o Banco Central em nota. Segundo o BC, a partir de julho, todas as instituições participantes precisam ser capazes de fazer a leitura do QR Code “e possibilitar o pagamento do QR Code para data futura”.
Além do Pix Cobrança, a função agendamento de Pix será obrigatória a partir de setembro. Desde novembro do ano passado, quando o novo sistema de pagamentos foi lançado, a ferramenta é facultativa.
Auxílio Emergencial
O Banco Central também anunciou uma integração do Pix com o auxílio emergencial. A partir do próximo dia 30, os beneficiários poderão movimentar os recursos por Pix. O auxílio emergencial primeiramente libera o benefício para uso eletrônico, via Caixa TEM, onde é possível pagar boletos. Transferências só são liberadas a partir do momento que o beneficiário pode sacar o dinheiro na Caixa Econômica Federal, cerca de um mês depois.
Com a mudança, o usuário pode fazer Pix para terceiros, porém a movimentação para conta da mesma titularidade, está vedada. “Tal excepcionalidade se faz necessária visando a proteção dos usuários, uma vez que tais recursos não podem ser objeto de descontos ou de compensações que impliquem a redução do valor do auxílio”, diz o documento.