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PIB da China cresce 5,3% no primeiro trimestre, acima do esperado

Abertura de mercado: EWZ, que representa a bolsa brasileira em NY, abre o dia no negativo com a aversão de risco global e a mudança das metas fiscais

Por Tássia Kastner
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h15 - Publicado em 16 abr 2024, 08h37
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  • O PIB chinês subiu 5,3% no primeiro trimestre, bem acima dos 4,5% previstos por economistas. Mas, como tudo na China atualmente, não está claro se os dados são de todo positivos. Acontece que os resultados robustos vieram nos dois primeiros meses do ano e, em março, tanto a produção industrial quanto as vendas no varejo ficaram aquém do estimado.

    A indústria se expandiu 4,5% em março, enquanto a projeção era de 5,5%. O comércio avançou 3,1%, ante expectativa de 4,3%. Não só isso: a venda de novas moradias caiu 27,6% no primeiro trimestre, uma melhora, ainda que março tenha sido melhor que os dois primeiros meses do ano.

    O crescimento chinês é uma das principais fontes de incerteza para o desempenho da economia global. Até 2020, a China crescia acima de 6% ao ano e se encarregava de consumir uma fatia importante de tudo o que era produzido por outros países – Brasil incluso. Com uma taxa de expansão menor, a demanda reflui, colocando em xeque a expansão do PIB global.

    Os dados chineses desta terça fez economistas preferirem mais uma leva de estímulos para garantir que o PIB do ano fechará na faixa de 5% ao ano, que é a meta do governo. O minério de ferro voltou a cair nesta terça, assim como as bolsas chinesas. Ainda assim, fica difícil colocar o desempenho negativo na conta dos números domésticos.

    Investidores ensaiaram ignorar uma possível escalada de tensão no Oriente Médio, isso após o Irã lançar um ataque contra Israel no final de semana. Mas, ontem, as bolsas recuaram com força. Nesta manhã, os índices europeus cedem mais de 1%, e os futuros americanos também abrem em baixa. O dólar está no maior patamar desde novembro do ano passado, quando comparado a uma cesta de outras 10 moedas.

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    Nisso, o EWZ, que representa a bolsa brasileira em Nova York, também começa o dia no negativo – a queda é de mais de 1%. O Brasil combina a aversão a risco do mundo com a mudança na meta fiscal de 2025. O governo desistiu de entregar superávit em 2025 e passou a prometer apenas déficit zero.

    Agenda do dia

    Balanços: Morgan Stanley e BofA, antes da abertura
    10h: FMI publica Relatório das Perspectivas da Economia Mundial
    10h15: Estados Unidos divulgam produção industrial de março
    13h50: Kristalina Georgieva, diretora do FMI, abre Reunião da Primavera

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