O ataque do Irã a Israel até poderia trazer alguma apreensão a investidores, mas se isso ocorreu, a ansiedade passou rápido. Tanto é que o petróleo opera em queda, e os futuros das bolsas americanas avançam.
O senso comum diria que o petróleo deveria subir por conflitos no Oriente Médio. Até aqui, o símbolo mais eloquente de alguma movimentação do tipo fogo de palha foi tombo de mais de 10% do bitcoin, isso logo após os ataques. Mesmo a cripto já voltou a subir.
Por enquanto, as reações estão no campo político, em um esforço de conter a escalada dos combates. O Irã avisou que não prosseguirá com as agressões, uma medida que pode diminuir a retaliação de Israel.
Nisso, os mercados financeiros vão se ocupando de outros assuntos, como a temporada de balanços dos primeiro trimestre nos Estados Unidos ou os números da economia chinesa. Os futuros americanos avançam apesar da queda das ações da Apple. A gigante registrou uma queda de 10% nas entregas de iPhones no primeiro trimestre, de acordo com dados da IDC divulgados pela Bloomberg. Trata-se do pior resultado desde o período da Covid, o que naturalmente deverá pesar sobre o lucro da maçã.
Fora isso, o dia hoje é de agenda fraca no noticiário econômico internacional. Enquanto isso, no Brasil as atenções se voltam à meta fiscal de 2025. Durante a tarde, o governo divulga a proposta de Orçamento para 2025, com a possibilidade de redução de meta de superávit no ano.
Ao menos no pré-mercado, investidores internacionais ignoram os riscos locais e seguem a mesma toada das bolsas americanas. O EWZ, ETF que representa a bolsa brasileira em Nova York, avança 0,67% neste começo de segunda. A Vale ganha 1%, seguindo a tendência de recuperação do minério, enquanto a Petrobras também sobe, ignorando a retração do brent.
Agenda do dia
9h30: EUA divulgam vendas no varejo em março
15h: Roberto Campos Neto faz palestra em Nova York
16h30: Governo anuncia projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025
23h: China divulga produção industrial e vendas no varejo
FMI e Banco Mundial realizam as Reuniões de Primavera
Balanços: Goldman Sachs, antes da abertura