A Petrobras encerrou o ano de 2017 com prejuízo de 446 milhões de reais, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira. É o quarto ano seguido de resultados negativos da companhia. Em 2016, as perdas foram de 14,8 bilhões de reais.
A empresa atribuiu o resultado negativo ao impacto bilionário de dois gastos considerados excepcionais. Um deles é relacionado ao acordo para encerramento de ação coletiva nos Estados Unidos, que incluiu o pagamento de 11,2 bilhões de reais. O entendimento foi anunciado em janeiro deste ano.
O processo aberto por investidores acusava a estatal de causar perdas aos acionistas por causa do envolvimento com os fatos investigados na Operação Lava-Jato. A Petrobras calcula que, se não tivesse a despesa com esse acordo judicial registraria lucro de 7,0 bilhões de reais em 2017.
O outro fator que a empresa considera ter tido impacto no resultado negativo é o desembolso de 10,4 bilhões para adesão ao parcelamento de dívidas do governo federal (o “novo Refis”). A empresa considera que, apesar dos gastos, a participação no programa possibilitará uma administração melhor dos débitos.
A Petrobras divulgou que teve no ano melhora no lucro operacional – conta que analisa apenas o resultado das atividades da empresa, desconsiderando custos como juros e impostos, por exemplo. Entre os responsáveis pela alta estão o aumento do preço do petróleo tipo Brent, do volume e da margem das exportações de petróleo. Também houve crescimento das vendas de gás natural e redução nas despesas com pessoal, segundo a empresa.
Em relação à dívida bruta da Petrobras, houve recuo de 6% no último ano frente ao período anterior, para 338,2 bilhões de reais.
No quarto trimestre de 2017, o prejuízo foi de 5,5 bilhões de reais, ante lucro de 2,5 bilhões de reais vistos no mesmo período de 2016.