A Petrobras informou nesta quinta-feira, 28, que o seu Conselho de Administração aprovou investimentos de 75,7 bilhões de dólares dentro do novo plano de negócios para o período de 2020 a 2024, redução de 10% ante o programa anterior. No plano de 2019 a 2023, anunciado em dezembro do ano passado, o montante de investimentos era de 84,1 bilhões de dólares. anunciada em dezembro do ano passado para o plano do período de 2019 a 2023.
Do total de investimento previsto até 2024, Petrobras afirmou que destinará 85% para atividade de exploração e produção, ou 64,3 bilhões de dólares. No plano anterior, a projeção para E&P era de 68,8 bilhões de dólares em cinco anos.
A redução nos investimentos totais ocorre em meio a um grande programa de vendas de ativos, que deverá envolver cerca de metade do parque de refino, entre outras unidades, com a empresa focando na exploração do pré-sal.
Os desinvestimentos previstos no plano deverão variar entre 20 bilhões a 30 bilhões de dólares para o período 2020-2024, tendo a maior concentração nos anos de 2020 e 2021. A empresa tem a meta de reduzir em cerca de metade a capacidade de seu parque de refino, para 1,1 milhão de barris ao dia, concentrando as atividades no Sudeste, principal polo consumidor do país.
Por volta das 13h50, as ações preferenciais da Petrobras caíam 0,61%, a 29,15 reais, entre os destaques negativos do Ibovespa, que subia 0,09%. As ações ordinárias da companhia recuavam 0,99%.
Produção
A Petrobras prevê produção total de óleo e gás em 3,5 milhões de barris de óleo equivalente ao dia em 2024, ante 2,7 milhões boed projetados para 2020. Para a meta de produção de 2020, a empresa disse que considera uma variação de 2,5% para mais ou para menos.
A companhia ressaltou ainda que decidiu apresentar uma visão de produção comercial, a fim de representar o impacto econômico da extração, deduzindo os volumes de gás reinjetados nos reservatórios, consumidos em instalações do E&P e queimados nos processos produtivos.
A produção comercial de petróleo e gás, dessa forma, foi estimada em 3,2 milhões de barris de óleo equivalente ao dia em 2024, ante 2,4 milhões de barris em 2020. “No longo prazo, a trajetória de crescimento é suportada pelos novos sistemas de produção –majoritariamente no pré-sal, com maior rentabilidade e geração de valor– e pela estabilização da produção na Bacia de Campos”, completou.
Considerando apenas petróleo, a Petrobras estimou produção em 2020 de 2,2 milhões de barris ao dia, ligeiro aumento ante a projeção de julho para 2019 (2,1 milhões de barris ao dia, com variação de 2,5% para mais ou para menos). Até 2024, a produção de petróleo da companhia deverá aumentar para 2,9 milhões de barris.
Contudo, os 2,9 milhões de barris esperados para 2024 estão acima dos 2,4 milhões projetados pela instituição. O capex veio em linha com o estimado, disse o analista em nota a clientes. Segundo a Petrobras, a meta de curto prazo “reflete principalmente as perdas de volumes relacionados ao declínio natural dos campos maduros e à maior concentração de paradas de produção para o aumento da integridade dos sistemas, parcialmente compensados pelo ramp-up das novas plataformas”.
Segundo a estatal, a curva de produção não contempla desinvestimentos, com exceção do volume de campos na Nigéria e de Tartaruga Verde, cujas transações já foram assinadas e os fechamentos estão próximos de ocorrer.