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Petrobras diz que não cogita mudar política de preços

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia dito nesta terça-feira, em entrevista, que o governo discutia novo modelo de reajustes junto à estatal

Por Reuters
Atualizado em 6 mar 2018, 18h32 - Publicado em 6 mar 2018, 17h42
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  • A Petrobras não pretende mudar sua política para os preços dos combustíveis, que prevê reajustes até diários da gasolina e do diesel em suas refinarias para seguir o mercado internacional, disse a companhia em nota nesta terça-feira. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em entrevista à rádio CBN que o governo estaria discutindo uma nova política de preços junto à petroleira estatal, para evitar que fortes guinadas nas cotações internacionais prejudiquem o consumidor ou a companhia.

    Em resposta ao comentário de Meirelles, a Petrobras afirmou que “o governo federal consultou recentemente a Petrobras acerca do comportamento dos preços no mercado internacional de petróleo, quando registrou preocupação com a volatilidade dos preços para o consumidor”. “No entanto, conforme aliás declarado pelo ministro da Fazenda, em nenhum momento se cogitou qualquer alteração nas regras atualmente aplicadas pela companhia, que são de sua exclusiva alçada”, disse a Petrobras.

    Apesar de ter comentado a possibilidade de mudança na política de preços da Petrobras, Meirelles ressaltou em sua fala que o governo do presidente Michel Temer não faz controle artificial de preços, descartando qualquer investida nesse sentido. “Tão logo tenhamos uma nova política de preços definida, nós vamos anunciar”, afirmou Meirelles. “Este governo não faz controle artificial de preços. Isso aí não existe. Isso foi uma política mal sucedida do governo anterior que quase quebrou a Petrobras e prejudicou o governo como um todo”, adicionou.

    A Petrobras ressaltou que “continuará ajustando o preço da gasolina e do diesel em suas refinarias diariamente conforme as variações nas cotações internacionais do petróleo”. A empresa observa outros parâmetros em sua política, como o câmbio, assim como busca recuperar mercado no setor.

    Alta dos combustíveis

    Antes de Meirelles, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, havia atacado os preços dos combustíveis no país. Ele afirmou no início de janeiro que postos não estariam repassando cortes de cotações da Petrobras aos clientes e fez consulta o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre como combater um suposto cartel no segmento.

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    A fala de Moreira veio após os preços da gasolina, do etanol e do diesel tocarem máximas históricas nos postos brasileiros na última semana de janeiro. Entre outubro e fevereiro, o valor médio do litro da gasolina vendida aos consumidores no país subiu por 14 semanas seguidas. 

    A Petrobras ressaltou nesta terça-feira que a parcela da refinaria representa menos de 50% do preço do diesel na bomba e uma fatia inferior a 33% para a gasolina. “Qualquer medida cujo objetivo seja o de reduzir a volatilidade deverá alcançar os demais componentes de preço, sendo que o principal deles é a carga tributária, federal e estadual”, afirmou a estatal.

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