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Original, do grupo J&F, tem pior resultado entre bancos do país

Instituição financeira teve prejuízo de 144,6 milhões de reais nos três primeiros meses do ano

Por Da redação
Atualizado em 27 jun 2017, 10h45 - Publicado em 27 jun 2017, 10h44
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  • O braço financeiro do grupo J&F, o Banco Original, teve prejuízo de 144,6 milhões de reais nos três primeiros meses do ano e amargou o pior resultado dentre todas as 1.441 instituições financeiras em operação no Brasil, de acordo com dados do Banco Central. Em 2016, o banco só fechou o ano no azul após uma curiosa operação de venda da marca “Banco Original” aos próprios donos por 422 milhões de reais. Sem a operação inusitada, teria prejuízo de 322,12 milhões de reais.

    Em meio ao processo de expansão que levou o grupo J&F a se transformar no maior conglomerado privado do Brasil, Joesley e Wesley Batista uniram o gaúcho Banco Matone e o Banco JBS no início da década em um projeto ambicioso: abocanhar parte do bilionário mercado bancário de varejo. Para a empreitada, os irmãos goianos convidaram o conterrâneo e agora ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para liderar o projeto.

    Com forte investimento em tecnologia e marketing, o Original abriu as portas em 2016 com a intenção de atrair clientes pela inovação e processos simplificados. Estimativas de concorrentes indicam que a casa teria mais de 230 mil clientes. Apesar disso, os resultados não aparecem.

    Dados enviados pelo Original ao BC explicam o prejuízo: o banco gastou 172,8 milhões de reais em despesas administrativas e de pessoal entre janeiro a março. O valor foi muito maior que os 8,3 milhões de reais obtidos das tarifas pagas pelos clientes. A receita, portanto, não cobriu nem 5% das despesas. Em grandes bancos, essas receitas chegam a cobrir até 80% dos gastos.

    Procurado, o Original explicou que o prejuízo está dentro do esperado e não afeta o fôlego financeiro. “Alinhados à nossa proposta de negócio, realizamos significativos investimentos. O retorno, segundo nosso plano de negócios, está aderente às nossas expectativas e não impacta a nossa liquidez corrente ou os nossos compromissos”, informou em nota.

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    Marca

    Em 2016, o banco registrou prejuízo operacional de 278,6 milhões de reais. O balanço, porém, anunciou lucro líquido de 43,6 milhões de reais após uma operação inusitada: a casa vendeu o nome “Original” e dois endereços na internet para os próprios donos – a J&F Investimentos – por 422 milhões de reais que serão pagos em 36 parcelas. Em troca, o banco pagará 1% do resultado operacional à J&F como “royalties”.

    Ainda que o Original tenha recebido apenas a primeira parcela de 11,7 milhões de reais em 2016, a operação foi essencial para que a casa tivesse lucro contábil no ano passado – já que o valor total da operação foi declarado na rubrica “resultado não operacional”. Sem essa transação, o prejuízo do banco teria ultrapassado 322 milhões de reais.

    Independentemente do prejuízo, o banco dos irmãos Batista acabou sendo afetado pelo entorno conturbado após as acusações de Joesley. Clientes chegaram a sacar mais de 30 milhões de reais nos primeiros dias após a divulgação da conversa entre o sócio controlador do grupo J&F e o presidente Michel Temer. O tema foi seguido de perto pelo Banco Central e um auditor permaneceu duas semanas acompanhando a operação diariamente. A retirada de recursos, porém, parece relativamente pequena diante do caixa do banco, que estaria em cerca de 1,6 bilhão de reais. O número não é confirmado pelo Original.

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    Analistas acreditam que o banco poderá tentar acelerar a chegada ao equilíbrio nos próximos trimestres com corte de gastos.

    Mudança de controle

    Em meio a um cenário conturbado ligado à J&F, o Original passou a ser alvo de especulações de que poderia ser vendido. A coluna da Sonia Racy informou que o Santander teria sido sondado para olhar o banco. O banco chinês CCB, dono do BicBanco, também foi apontado como interessado. Procurado, o Santander não comenta. O CCB não retornou os pedidos de entrevista. O Original diz que “desconhece qualquer informação sobre transferência de controle”.

    (Com Estadão Conteúdo)

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