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Olacyr de Moraes, o ‘rei da soja’, morre aos 84 anos

Empresário sofria de câncer no pâncreas desde o começo de 2014. Ele foi velado no Hospital Israelita Albert Einstein, de onde o corpo foi levado às 11h

Por Da Redação
Atualizado em 5 fev 2021, 12h27 - Publicado em 16 jun 2015, 12h15
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  • O empresário paulista Olacyr de Moraes, conhecido como “rei da soja”, morreu na manhã desta terça-feira, em São Paulo. O empresário, que lutava contra um câncer no pâncreas desde o início de 2014, foi velado no Hospital Israelita Albert Einstein, de onde o corpo foi levado às 11h. O falecimento foi informado em nota em seu site oficial. “É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento do empresário Olacyr de Moraes, 84 anos, às 3:40 horas da manhã na cidade de São Paulo. Olacyr lutou bravamente contra um câncer de pâncreas descoberto no início de 2014 mas acabou sucumbindo à doença.”

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    O título de “rei da soja” foi conquistado porque se tornou o maior produtor individual de soja do mundo, na década de 1980. “Durante sua carreira chegou a ter mais de 40 empresas nos setores de construção civil, agrícola e exploração de minérios”, diz o site do empresário. Atualmente, ele era dono de importantes jazidas de minérios raros na Bahia, Piauí e São Paulo.

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    Ele nasceu em Itápolis, interior do estado de São Paulo, no dia 1º de abril de 1931. Filho de um vendedor de máquinas de costura, aos 19 anos abriu, com seu irmão, Odimir, e seu pai, Augusto, a empresa de transporte de cargas ‘Argeu Augusto de Moraes e Filhos Ltda’.

    No agronegócio, o empresário começou em 1967, quando, se aproveitou de incentivos fiscais do governo para quem investisse na região amazônica para criar a Orpeca S.A. com um grupo de empresários. A companhia era voltada à criação e engorda de gado no norte do estado do Mato Grosso. Em 1975, Olacyr inaugurou a empresa Itamarati Norte S/A, e passou a produzir principalmente soja, milho e algodão.

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    Seu império reunia quarenta empresas e seu patrimônio era avaliado em 1,2 bilhão de dólares. Nos anos seguintes, porém, uma série de investimentos malfeitos e dívidas acumuladas fizeram a roda da fortuna girar ao contrário. Olacyr perdeu fazendas e fechou as portas de diversos negócios.

    Sempre rodeado de jovens e lindas mulheres, companhias desde que se separou de sua mulher Edna, no início dos anos 90, após quase 30 anos de casamento, ele banca, além de jantares e viagens, estudos e até plásticas de muitas delas. “São todas minhas amigas. Sair com gente que está se despedindo da vida não dá, né?”, declarou ao jornal O Globo.

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    Motorista – Nas últimas décadas, o empresário dedi­cou-se a tentativas de recuperar o dinheiro e o prestígio perdidos. Com essa esperança que se aproximou do boliviano Andrés Firmin Heredia Guzmán. Lobista e ex-senador por seu país, Guzmán prometia transformar Olacyr no rei do minério, mas foi assassinado pelo motorista do empresário, Miguel Garcia Ferreira.

    Ao descer do apartamento de Olacyr, em abril do ano passado, Guzmán trazia uma mala com 400 000 reais em dinheiro (“um empréstimo que eu fiz a ele”, disse Olacyr à polícia). No hall do prédio, o motorista Ferreira aguardava por ele. Ao encontrá-­lo, pediu-lhe uma carona. Na Avenida Morumbi, matou-o dentro do carro com dois tiros no peito e um na cabeça. Preso, confessou o crime e disse que não tinha intenção de cometê-lo – só de dar “um susto” no boliviano, já que não aguentava mais v­ê-lo extorquir Olacyr, a quem disse idolatrar

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    (Da redação)

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