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Obama anuncia acordo para evitar um calote americano

No Congresso americano, líderes do Senado e da Câmara afirmam que apresentarão às suas bases o rascunho do plano na segunda-feira, antes de uma votação final

Por Da Redação
31 jul 2011, 22h24
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  • “Não terminamos ainda: quero pedir aos membros de ambos os partidos que façam a coisa certa e apoiem esse acordo com seus votos nos próximos dias”, disse Obama

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    O presidente americano, Barack Obama, anunciou na noite deste domingo que chegou a um acordo de última hora com os líderes congressistas para evitar um desastroso default que levaria caos para a economia mundial.

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    “Gostaria de anunciar que os líderes dos dois partidos em ambas as câmaras chegaram a um acordo que irá reduzir o déficit e evitar um default que teria efeitos devastadores em nossa economia”, disse Obama em declarações na Casa Branca.

    No Congresso americano, líderes do Senado – com maioria democrata – e a Casa dos Representantes – liderada pelos republicanos – informaram que apresentarão para suas bases o rascunho do plano na segunda-feira, antes da votação final para aprovar o acordo. Pouco antes, o líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Harry Reid, convocava seus companheiros de partido para analisar o acordo a partir das 11h desta segunda-feira (12h de Brasília). “Minha mensagem ao mundo é que esta nação e este Congresso estão avançando juntos”, disse Reid.

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    Tema em Foco: a crise da dívida americana

    “Não terminamos ainda: quero pedir aos membros de ambos os partidos que façam a coisa certa e apoiem esse acordo com seus votos nos próximos dias”, disse Obama, que corre contra o tempo antes do prazo de meia-noite de terça-feira. “Este processo foi caótico, e durou demais”, sentenciou o presidente. “Estive preocupado sobre seu impacto na confiança nos negócios, no consumo, e na economia no último mês.” No entanto, agradeceu a colaboração dos líderes do Congresso e do povo americano para se conseguir o acordo.

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    Conheça os principais pontos do acordo que evita calote dos EUA

    AFP

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    Harry Reid (centro), líder democrata no Senado, comemorou acordo para elevação do teto da dívida: plano terá que ser aprovado pelo Congresso nesta segunda-feira
    Harry Reid (centro), líder democrata no Senado, comemorou acordo para elevação do teto da dívida: plano terá que ser aprovado pelo Congresso nesta segunda-feira (VEJA)

    Dívida – A economia americana alcançou seu limite de endividamento em 16 de maio e usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente, mas só pode continuar dessa forma até a meia-noite de terça-feira.

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    Infográfico: o xadrez americano – entenda o que está em jogo nos Estados Unidos

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    Líderes empresariais e financeiros advertiram que o não-cumprimento dos pagamentos se traduziria em consequências catastróficas para a frágil economia americana, que ainda luta com um persistente desemprego de 9,2% na esteira da crise global de 2008.

    Sem o acordo, o governo dos Estados Unidos deverá cortar estimados 40 centavos de cada dólar que gastar, obrigando-o a tomar duras decisões entre elas abandonar ou cortar programas como os que dão ajuda aos pobres, aos inválidos e aos idosos.

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    Cortes – O acordo permitirá aumentar em 2,1 trilhões de dólares o teto da dívida do país -o suficiente para chegar a 2013- e realizar cortes de gastos de 2,5 trilhões em duas etapas.

    Uma fonte do governo americano, ouvida pela agência France-Presse, disse que os cortes serão no setor militar e em outros programas, com pelo menos 350 bilhões em cortes no orçamento de Defesa nos próximos 10 anos.

    Ao apresentar os termos do acordo, o alto funcionário disse que Obama e os líderes do Congresso estabeleceram “quase” 1 trilhão de dólares em cortes a serem aprovados imediatamente para os próximos 10 anos.

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    Uma comissão integrada igualmente por republicanos e democratas terá depois a tarefa de recomendar cortes de mais 1,5 trilhão para 23 de novembro, e o Congresso deverá aprová-los para 23 de dezembro.

    Se o Congresso não votar para essa data, cortes pelo mesmo valor entrarão em vigor automaticamente em 2013, divididos igualmente entre Defesa e não-Defesa.

    A fonte da Casa Branca disse que a Segurança Social e o Medicare, programa de saúde para os idosos, não serão afetados pelos cortes automáticos.

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    Reação – A resposta dos mercados ao anúncio do acordo foi quase imediata. Após uma semana turbulenta nas Bolsas, o pregão desta segunda-feira fechou em alta no Japão, o segundo maior credor do Tesouro americano. A Bolsa de Tóquio encerrou o dia em alta de 131,98 pontos (1,34%), aos 9.965,01. O índice Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, subiu 10,33 pontos (1,22%), aos 851,70.

    Na Europa, a abertura dos pregões registrou elevação nas principais Bolsas. Na Alemanha, o índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta de 1,62%, aos 7.275,09 pontos. O principal indicador da Bolsa de Paris, o CAC, apontou alta de 1,28% na manhã desta segunda-feira, cotado aos 3.718,38 pontos. Ganhos também na Bolsa de Madri, cujo índice IBEX abriu o dia em alta de 117,20 pontos (1,23%), aos 9.746,70. A maior elevação, contudo, se deu na Bolsa de Milão: o índice seletivo FTSE MIB apresentou alta de 1,84%, aos 18.772,63 pontos. O índice geral FTSE Italia All-Share subia 1,68%, para 19.464,87 pontos.

    (Com agência EFE e France-Presse)

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