O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e contumaz apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou em um vídeo postado nas redes sociais oficiais da Havan que está torcendo pelo novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro foi até a eleição. “Agora temos um presidente novo, um governo novo. Vamos torcer para o piloto, como eu sempre falo, que faça uma ótima viagem, até estou dentro do mesmo avião”, disse Hang. “Que o Brasil possa encontrar a paz, a harmonia, a felicidade, e os empregos que o nosso povo sempre precisa, e eu estarei junto. Vamos acabar com o discurso de ódio, pessoal”.
O vídeo, divulgado na última terça-feira, 10, nos perfis da Havan, não menciona os atos terroristas às sedes dos três poderes. Hang afirma, no entanto, que “diante do que está acontecendo, vejo que alguém sempre quer colocar a culpa em outro alguém. Fico com a consciência tranquila, nada fiz de errado senão ter trabalhado em prol de um candidato”, disse ele. No texto que acompanha o vídeo, porém, ele afirma em nota que jamais apoiou “ou apoiaria atos de violência e vandalismo. Não doei, não participei e não incentivei nenhum tipo de ato contra a democracia, tampouco contra prédios públicos”.
“Sempre disse em diversas entrevistas que não tenho partido e nem mesmo político de estimação. Lutei por um país com menos burocracia, mais liberalismo econômico e mais oportunidades de empregos para todos os brasileiros. Por isso, estarei ao lado de todos os projetos que ajudarem o nosso país. Democracia é isso, ter eleições para escolher os representantes do povo e, quem vencer, deve ter o direito de administrar daqui para frente. O meu desejo hoje é que possamos ter um país de paz, harmonia, desenvolvimento e muitos empregos”, disse.
No vídeo, Hang lembrou ainda de uma nota oficial publicada no dia 1º de novembro, dois dias após a definição no 2º turno pelo novo governo Lula, na qual afirma que são falsos os boatos sobre seu envolvimento em movimentos antidemocráticos que paralisaram estradas e rodovias, e que as manifestações em frente às lojas da Havan eram espontâneas e não tinham a participação da empresa ou do empresário.