Uma nova emissão de dívida pela Argentina está atraindo grande atenção dos credores internacionais. O governo planeja levantar ao menos 12,5 bilhões de dólares com a operação, a primeira desde que o país anunciou um calote em sua dívida externa, em 2001. O calote, de mais de 80 bilhões de dólares, foi o maior dado por um país até hoje.
Os bônus, cujo volume pode chegar a 15 bilhões de dólares, estão divididos em quatro lotes, com maturidade entre três a trinta anos, de acordo com Siobhan Morden, diretor de renda fixa para a América Latina da Nomura.
Segundo dados da Dealogic, plataforma de informações financeiras, uma emissão em dólares desse montante poderá ser a maior, por parte de um país em desenvolvimento, em ao menos vinte anos.
Conversas iniciais sugerem que o lote com vencimento em dez anos tenha retorno de 8%, o de três anos, de 6,75%, o de cinco anos, de cerca de 7,5%, e o de 30 anos, 8,85%.
De acordo com Morden, a forte demanda dá ao governo a possibilidade de baixar esses juros mesmo em caso de elevação da oferta inicial.
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(Com Estadão Conteúdo)