O movimento de saída de empresas estrangeiras da Rússia, iniciado há mais de um mês, continua. A Nokia é mais uma a deixar o país. A companhia finlandesa, que fabrica equipamentos de telecomunicações, anunciou nesta terça-feira, 8, pouco mais de um mês e meio após a invasão ordenada por Vladimir Putin à Ucrânia, que está deixando os negócios de fabricação de equipamentos 5G no país.
O movimento segue o anúncio da rival sueca Ericsson na segunda-feira de uma suspensão “indefinida” dos negócios lá. Ao desistir, a Nokia e a Ericsson estão cedendo o mercado para as rivais chinesas Huawei Technologies e ZTE, que já conquistaram grandes contratos para fornecer redes de quinta geração para as maiores operadoras da Rússia.
“Está claro para a Nokia desde os primeiros dias da invasão da Ucrânia que continuar nossa presença na Rússia não seria possível”, disse o CEO da empresa, Pekka Lundmark, no Twitter. Nas últimas semanas, a Nokia suspendeu as entregas e interrompeu novos negócios, disse a empresa em comunicado na terça-feira. Também está transferindo suas atividades de pesquisa e desenvolvimento para fora da Rússia.
It has been clear for @Nokia since the early days of the invasion that continuing our presence in Russia would not be possible. We can now announce we will exit the Russian market. https://t.co/ohpLGroF39
— Pekka Lundmark (@PekkaLundmark) April 12, 2022
A empresa tem cerca de 2.000 funcionários na Rússia. À Bloomberg, a Nokia afirmou que “demissões são inevitáveis”, mas que está oferecendo realocação para “certas funções que podem ser desempenhadas de fora da Rússia”.
Apesar do anúncio da saída, a Nokia disse em comunicado que ainda pretende fornecer suporte para manutenção de redes para operadoras, incluindo MTS, Vimpelcom, Megafon e Tele2, enquanto encerra as operações na Rússia e solicita as licenças relevantes para permitir esse suporte em conformidade com as sanções atuais. Garantir “o fluxo contínuo de informações e acesso à internet, que fornece perspectivas externas ao povo russo”, é “o curso de ação mais responsável” a ser tomado, disse a fabricante finlandesa de equipamentos de telecomunicações.