Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

“Não vamos entrar na OCDE com este sistema tributário”, diz Hauly

Relator de reforma tributária no governo Temer defende projeto enquanto propostas do Legislativo e do governo Bolsonaro começam a tomar forma

Por João Pedro Caleiro, de EXAME
Atualizado em 15 abr 2019, 18h03 - Publicado em 15 abr 2019, 13h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “Não vamos ingressar na OCDE com este sistema tributário”, disse nesta segunda-feira, 15, o ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

    A declaração foi dada durante conversa com José Roberto Caetano, redator-chefe de EXAME, em evento sobre os 100 dias de governo Bolsonaro realizado por VEJA e EXAME em São Paulo.

    Hauly era relator da reforma tributária no governo de Michel Temer desde fevereiro de 2017, mas deixou o posto depois de não ser reeleito.

    O Brasil pleiteia uma vaga na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), fundada em 1961 e que define padrões para seus 61 países-membros, na maioria desenvolvidos.

    Modelos de reforma

    Hauly classificou o sistema brasileiro como “manicômio tributário” e “Frankenstein funcional” com altos níveis de contencioso judiciário, renúncia fiscal e sonegação.

    Continua após a publicidade

    Sua proposta é substituir nove impostos atuais (incluindo ISS, ICMS, IPI e PIS/Cofins) por um único, o Imposto de Valor Agregado (IVA), cobrado no destino.

    O modelo é padrão na OCDE e já se tornou consenso, diz Hauly, mas resta o desafio de distribuir os custos e o período da transição de um sistema para o outro.

    A reforma tributária é considerada por economistas como uma das principais formas de aumentar o potencial de crescimento da economia brasileira, mas há diferentes modelos em circulação.

    Continua após a publicidade

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na última quinta-feira, 11, que dará seguimento à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária que foi apresentada na semana passada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

    Ela foi realizada em conjunto com o economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e um dos maiores especialistas brasileiros no tema.

    O movimento de Maia foi visto como uma forma de mostrar protagonismo e se antecipar ao Executivo, que começou a divulgar detalhes de propostas próprias.

    Continua após a publicidade

    Guedes e Cintra

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre reforma tributária na última terça-feira, 9, em discurso a uma plateia de centenas de prefeitos de todo o Brasil.

    “Na nossa reforma tributária vamos pegar três, quatro, cinco impostos e fundir em um só, o imposto único federal. Todas as contribuições que não eram compartilhadas, criadas para salvar a União, quando unificarmos serão todas compartilhadas”, disse ele.

    Além da unificação dos impostos federais, o secretário da Receita, Marcos Cintra, também estuda acabar com a contribuição ao INSS que as empresas pagam atualmente sobre a folha de pagamentos.

    Continua após a publicidade

    No seu lugar ficaria um imposto sobre todos os meios de pagamento — cheques, cartões de crédito e até mesmo dinheiro vivo.

    A proposta é criticada por alguns economistas e também é associada à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Outra possibilidade é um aumento adicional na alíquota do imposto único para compensar a perda de receita.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.