Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mercado volta a revisar PIB para cima e inflação no limite do teto

Segundo Boletim Focus, inflação deve chegar 5,24%, no limite da meta, de 5,25%, com alta de alimentos e energia; economia deve crescer 3,52% no ano

Por Larissa Quintino Atualizado em 25 Maio 2021, 10h56 - Publicado em 24 Maio 2021, 09h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Bandeira vermelha nas contas de luz e alimentos subindo novamente. Com esse cenário, apoiado por um risco hidrológico e a alta das commodities, o mercado financeiro voltou a subir a previsão para a inflação. Segundo dados do relatório Focus desta segunda-feira, 24, o IPCA deve encerrar o ano em 5,24%, no limite do teto da meta, definido em 5,25%. Os analistas ouvidos pelo Banco Central também estimam PIB mais alto, em 3,52%, a quinta semana consecutiva de alta, acima dos 3,45% previstos na semana passada.

    Publicidade

    No caso da inflação, esta é a sétima semana seguida que os economistas estimam aceleração do indicador. A projeção está bem acima do centro da meta, de 3,75% e encostada na margem de tolerância, de 1,5 ponto porcentual para cima. No caso das previsões obtidas no últimos cinco dias úteis, a estimativa é que o IPCA pode chegar a 5,36%, acima do teto da meta.

    Publicidade

    A inflação serve como um termômetro da economia e diversas variantes a afetam. Em abril, com a estabilização maior no preço dos combustíveis e até algumas quedas dos preços nas refinarias definidas pela Petrobras, a pressão inflacionária foi menor, mas ainda é relevante. O IPCA subiu 0,31%, abaixo dos 0,93% de março, mas trouxe alta maior nos preços dos alimentos, os “vilões” da inflação de 2020. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 6,76%. Em maio, é estimada uma nova pressão, vinda de preços administrados de habitação, com alta já anunciada de 40% do gás encanado e bandeira tarifária vermelha para a energia no mês.

    LEIA TAMBÉM: Inflação de maio desacelera na prévia, mas conta de luz e alimentos sobem

    Publicidade

    Na semana passada, ao divulgar a revisão do PIB – de 3,20% para 3,50% – o Ministério da Economia afirmou que o risco hidrológico é um dos fatores que pode afetar negativamente a economia no decorrer de 2020. “Hoje estamos na bandeira
    vermelha 1 (nas contas de luz). Se ele insistir e piorar, podemos ir para a bandeira vermelha 2. Então há um risco na inflação”, afirmou o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmando que o problema é tanto conjuntural, como estrutural, o que reforça a importância da agenda de reformas e privatizações – na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de privatização da Eletrobras, que segue para o Senado.

    Continua após a publicidade

    Crescimento

    Além dos dados da inflação, os analistas do mercado financeiro também reviram a estimativa para o PIB, subindo de 3,45% para 3,52%, ligeiramente acima das previsões do governo.

    O resultado da atividade econômica, medida pelo IBC-Br do Banco Central, fez com que diversos bancos elevassem a previsão de crescimento da economia brasileira para 2021. Com a ‘prévia do PIB’ indicando crescimento do 1º trimestre, a previsão para a economia no fim do ano é mais otimista.

    Publicidade

    O Focus compila projeções de mais de 100 instituições financeiras brasileiras. No caso do PIB, a mediana das previsões dos analistas brasileiros para o indicador é menor do que algumas previsões instituições estrangeiras. O banco de investimentos Goldman Sachs, por exemplo, elevou a perspectiva de crescimento para 4,5%.

    As revisões do PIB para cima, em grande medida, tem a ver com o impacto da nova onda da Covid-19 na economia brasileira, bem menor que o choque inicial do ano passado e também melhor que o estimado. O IBC-Br de março mostrou diminuição de 1,59%, o que ficou acima da expectativa dos economistas, que esperavam uma retração de 3,75%. Março foi marcado por forte altas de casos e restrições em atividades não essenciais para tentar conter a propagação do vírus.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.