É a hora da prova dos nove. Faz uma semana que dados do mercado de trabalho americano espalharam pânico pelas bolsas globais. Primeiro, foram os dados de pedidos de auxílio desemprego nos EUA, que vieram acima do esperado por problemas climáticos e greve em montadoras. Aí no dia seguinte veio o payroll com aumento do desemprego.
Nesta quinta, os EUA atualizam os pedidos de seguro-desemprego, com a expectativa de que as requisições tenham voltado a se reduzir. A obviedade do mercado deve prevalecer: se o dado diminuir como esperado, investidores tendem relativizar o pânico de recessão; se houver aceleração, aí reforçará que eles estavam certos em prever uma crise nos Estados Unidos.
O dado sai às 9h30. Enquanto isso, os futuros americanos voltam a abrir em baixa, apontando para perdas o dia. As bolsas europeias também recuam. Não há referência para o EWZ nesta manhã.
A agenda doméstica é dividida entre antes e depois do fechamento do mercado. Durante o dia, investidores vão acompanhar falas públicas de Roberto Campos Neto, presidente do BC, e Gabriel Galípolo, cotado para a sucessão. A Faria Lima quer ouvir o que eles têm a dizer sobre a ata bastante dura da última reunião do Copom. No texto, o BC abriu a porta para aumentos de taxas de juros para enfrentar a inflação – na contramão da tendência global.
Ainda assim, o suspense maior fica por conta da Petrobras. A estatal divulga, após o fechamento do mercado, o primeiro balanço da gestão de Magda Chambriard. Os papéis da estatal avançam no pré-mercado apesar da forte queda das commodities. Tanto petróleo quanto minério de ferro recuam, e podem impedir o Ibovespa de continuar sua jornada de recuperação