O governo Lula está de olho em medidas de crédito para estimular a economia — e também de olho em melhorar o desempenho da popularidade do presidente. Um dos planos é um programa de crédito para que pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) – que reúne informações da população de baixa renda – possam ter mais acesso a crédito para empreender.
O dinheiro deverá ser liberado pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), mas com uma taxa de juros menor para esse público específico. O programa deve ser anunciado na próxima semana pelo executivo
O tema foi assunto de uma reunião entre Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Márcio França (Empreendedorismo), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação). Os presidentes do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e da Caixa, Carlos Vieira, também participaram do encontro.
O governo pretende criar um mecanismo para evitar que o dinheiro recebido seja usado para gastos com consumo, e sim vá para investimentos no negócio ou capital de giro.
Atualmente, cerca de 95 milhões de pessoas estão no CadÚnico, sendo que aproximadamente 55 milhões delas recebem o Bolsa Família. O executivo já identificou 4,6 milhões pessoas que estão no cadastro já são empreendedoras, pois estão inscritas como microempreendedor individual (MEI).
Entidades do Sistema S, como o Sebrae, que fará a capacitação e orientação de quem acessar os recursos, também participam das discussões.
Mais crédito
Além do programa para empresários de baixa renda, O governo estuda um programa especial de renegociação de dívidas para pessoas inscritas como MEI. Segundo participantes das discussões, a ideia é criar uma espécie de Desenrola para esse público. Também está na agenda de Lula programa focado em crédito imobiliário para a classe média.