O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, encerrou o pregão desta quinta-feira, 29, com alta de 2,4% e voltou a ultrapassar a barreira histórica dos 100 mil pontos, fechando aos 100.524 pontos. A alta foi impulsionada pela divulgação dos resultados da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,4% em relação ao trimestre anterior, de acordo com o IBGE. “O crescimento do PIB veio um pouco acima do esperado, portanto o pregão de hoje vem para corrigir as últimas quedas e precificar esses resultados”, explica o economista-chefe da Ativa Investimentos, Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho.
Já o dólar comercial fechou o dia cotado a 4,17 reais para a venda, em leve alta de 0,3%, alcançando o maior valor de fechamento desde 13 de setembro de 2018 ─ quando a moeda americana atingiu 4,19 reais, o maior nível desde o Plano Real. “O dólar está fechando em alta como consequência benigna de um país que está com juros baixos, passando pelo processo de trocar dívidas no exterior para divida interna, mais barata, o que gera pressões no câmbio durante um tempo”, avalia Gomes Filho.
A turbulência na economia argentina, que, nesta quarta-feira, 28, anunciou a intenção de renegociar suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) também teve reflexos na valorização da moeda americana. O índice Merval, o principal da Argentina, encerrou o pregão desta quinta-feira com queda de 5,7%.
“O fato de a China não acirrar a guerra comercial durante o dia também ajudou as bolsas mundiais a fechar em alta”, diz Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae. “Soma do ambiente externo favorável à surpresa positiva dos resultados do PIB favoreceram o fechamento do Ibovespa”, avalia.
Em as ações negociadas na bolsa brasileira, os destaques positivos do dia vieram da siderurgia brasileira. Os papeis da Usiminas tiveram alta de 9,7%, enquanto os da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) encerraram o dia em valorização de 5,9%.
(Com Reuters)